A importância da participação no estudo de aula na formação continuada de professores que ensinam medidas nos anos iniciais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18593/r.v46i.23736

Palavras-chave:

Estudo de aula, Medidas, Anos Iniciais, Saberes docentes, Formação Continuada

Resumo

Os professores que ensinam matemática nos anos iniciais têm o desafio de ensinar conteúdos para os alunos que não apresentam, na maioria das vezes, domínio ou conhecimentos prévios suficientes para compreenderem determinado assunto, por exemplo, o objeto de estudo medidas. Além disso, os processos convencionais de formações docentes não têm dado conta dessa demanda. De um lado, porque não atendem às necessidades dos(as) professores(as), e do outro, porque não há participação ativa e reflexiva na construção/reconstrução dos saberes escolares. O presente artigo tem como objetivo defender as potencialidades e limites do Estudo de Aula, como possibilidade de formação continuada, tomando como referência, de modo específico, os seus colaboradores, os estudos desenvolvidos em Portugal e uma revisão da literatura sobre o tema, Estudo de Aula. Ou seja, um processo de formação continuada, o qual os(as) professores(as) planejem um objeto de estudo a ser desenvolvido e apresentem para os demais, e em seguida reflitam sobre o desenvolvimento da aula e sobre o que aprenderam, para que haja contribuições para a sua formação, sua prática profissional e sua produção/ressignificação de saberes. Compuseram o material de análise, como instrumentos de construção dos dados, o diário de campo com as observações de aulas, a produção coletiva (gravações e escritas) e entrevista semiestruturada. Por fim, com base nos resultados obtidos, permitiu-nos observar a necessidade que existe entre os docentes de aprimorar seus conhecimentos no conteúdo de medidas de comprimento e puderam compartilhar, por meio da formação continuada, dificuldades e compreensão do conteúdo trabalhado no processo formativo – medidas de comprimento, nos Anos Iniciais. O Estudo foi baseado no estudo de caso utilizando o Estudo de Aula, com a participação de professoras dos anos Iniciais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandro Augusto do Vale Pereira, Ufac

Docente da Rede Estadual de Ensino do Acre e Mestre em Ensino de Ciências e Matemática-UFAC

Gilberto Francisco Alves de Melo, UFAC

Colégio de Aplicação; MPECIM- Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática-UFAC e REAMEC (Doutorado da Rede Amazônica de Ensino de Ciências e Matemática).

Referências

ANDRÉ, M. E. D. A. Estudo de caso em pesquisa e avaliação educacional. Brasília, DF: Liber livro, 2005

BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Lisboa: Porto Editora, 1994.

BURTON, L. Research mathematicians as learners – and what mathematics education can learn from them. British Educational Research Journal, v. 27, n. 5, p. 589-599, 2001. DOI: https://doi.org/10.1080/01411920120095762

FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. Investigação em Educação Matemática: percursos teóricos e metodológicos. Campinas, SP: Autores Associados, 2006.

FONSECA, H.; BRUNHEIRA, L.; PONTE, J. P. da. As atividades de investigação, o professor e a aula de matemática. ResearchGate, jan. 1999. Disponível em https://www.researchgate.net/publication/254647012_As_actividades_de_investigacao_o_professor_e_a_aula_de_Matematica. Acesso em: 5 abr. 2017.

ISODA, M.; ARCAVI, A. M.; LORCA, A. M. El estudio de clases laponés em matemáticas: su importancia para el mejoramiento de los aprendizajes em el escenario global. 3. ed. Chile: Valparaíso, 2012.

LIPPMANN, L. Ensino da Matemática. Curitiba: IESDE Brasil, 2009.

LORENZATO, S. O laboratório de ensino de matemática na formação de professores. 3. ed. Campinas. Autores Associados, 2010a.

LORENZATO, S. Para aprender matemática. 3. ed. rev. Campinas: Autores associados. 2010b. (Coleção Formação de professores).

LÜDKE, M.; MARLI, A. E. D. Pesquisa em educação: abordagem qualitativa. São Paulo: EPV, 1986.

MACHADO, N. J. Matemática e língua materna: análise de uma impregnação mútua.

São Paulo: Cortez, 1990.

MELO, G. F. A. de. Transformações vividas e percebidas por professores de Matemática num processo de mudança curricular. 1998. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 1998.

OLIVEIRA, P. A investigação do professor, do matemático e do aluno: uma discussão epistemológica. 2002. Tese (Mestrado em Educação) – Universidade de Lisboa, Lisboa, 2002.

PONTE, J. P. A comunidade matemática e as suas práticas de investigação. Documento do círculo de estudos “Aprender Matemática Investigando”. [S. l.: s. n.], 2001. Disponível em http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/mem/bibliografia.htm. Acesso em: 5 abr. 2017.

PONTE, J. P. et al. Aprendizagens profissionais dos professores de Matemática através dos estudos de aula. Pesquisas em Formação de Professores na Educação Matemática, v. 5, p. 7-24, 2012.

PONTE, J. P. et al. O estudo de aula como processo de desenvolvimento profissional de professores de matemática. BOLEMA, v. 30, n. 56, p. 868-891, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-4415v30n56a01

UTIMURA, G.; CURI, E. Figuras geométricas espaciais: alunos de quinto ano e suas professoras aprendendo juntos. 1. ed. Curitiba: Appris, 2016.

Downloads

Publicado

08-09-2021

Como Citar

PEREIRA, S. A. do V.; MELO, G. F. A. de. A importância da participação no estudo de aula na formação continuada de professores que ensinam medidas nos anos iniciais. Roteiro, [S. l.], v. 46, p. e23736, 2021. DOI: 10.18593/r.v46i.23736. Disponível em: https://periodicos.unoesc.edu.br/roteiro/article/view/23736. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Seção Temática: Desafios da formação de professores para o ensino de Matemática

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.