Narrativas de um cenário: ciclo de formação humana no município de Irecê - Bahia
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v46i.26638Palavras-chave:
Currículo, Fundamentos Fracos, Cenários Educativos, Ciclo de Formação HumanaResumo
Este texto, com discurso que se aproxima ecleticamente dos estudos curriculares filosoficamente não-finalistas e não-totalizantes, narra o cenário engendrado tempo espacialmente no semiárido brasileiro do século XXI, de implantação da Política de Ciclo de Formação Humana no município de Irecê, Bahia. É uma narrativa que, valendo-se de um encadeamento discursivo atravessador das seguintes dimensões: a. teórica – o movimento não essencialista e não fundacional e, b. geo-histórica – a longa parceria entre uma universidade brasileira e a Secretaria de Educação municipal, inventa (no sentido semântico de “trazer à luz” o que já existe) um singular cenário educativo. Informa que a cidade ofereceu Licenciatura em Pedagogia, Especialização em Currículo Escolar e Mestrado Profissional em Educação aos professores do município que em seus estudos acadêmicos elaboraram o que foi a base da Proposta Curricular hoje implantada no município: Ciclo de Educação Humana – Educação Integral e Integrada. Anuncia ser um cenário curricular possibilitador de uma leitura radical das coisas do mundo para os educadores – com potente formação docente – para os estudantes – com ciência e arte, principalmente, a literatura – e para o entorno do município que recebe as ressonâncias, mais ou menos diretamente, de tudo o que é realizado. E, finalizando, pondera que a aceitação da contingência, do risco, da provisoriedade, enfim, a emergência acontecimental encarada como parte compulsória da vida e, não como condição a ser combatida em nome do sucesso curricular, como ocorre, hegemonicamente nas propostas curriculares centralizadas, torna este cenário potencial traidor da natureza da BNCC.
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