Currículo e inclusão educacional: percepções de docentes da educação básica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18593/r.v43i1.14509

Palavras-chave:

Currículo, Inclusão educacional, Percepções docentes, Educação Básica, Docentes

Resumo

Neste artigo discutem-se os pressupostos da educação inclusiva e suas implicações para pensar e analisar o currículo escolar. Isso posto, o problema que norteou este estudo teve como questão pensar de que maneira professores da Educação Básica percebem a relação entre o currículo e a inclusão educacional? Justifica-se essa problemática por se entender que quando as intenções inclusivas estão sistematizadas no currículo, as ações docentes propiciam, por meio da organização do ensino, a mediação qualitativa para a aprendizagem dos alunos. Para tanto, teve-se como objetivos: identificar conceitos pertinentes à inclusão e sua relação com o currículo educacional e apresentar e analisar percepções de docentes da Educação Básica, que correspondem, respectivamente, às seções deste artigo. A metodologia utilizada nesta pesquisa tem como pressuposto a abordagem qualitativa, tendo como princípio a pesquisa bibliográfica e de campo, na modalidade descritiva, contando com a participação de 30 docentes do Município de Londrina, PR. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário analisado em três categorias elencadas a posteriori pela análise de conteúdo. Tem-se como principais resultados e discussão que a maioria dos docentes participantes concebe o currículo como conteúdos a serem ensinados e aprendidos, bem como que o currículo influencia na efetivação ou não da inclusão. Os professores envolvidos nesta pesquisa destacaram, como um dos aspectos a serem abordados por meio do currículo da educação inclusiva, a necessidade de fazer uma avaliação das limitações e possibilidades dos alunos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jacqueline Lidiane de Souza Prais, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Norte do Paraná - Campus de Cornélio Procópio (UENP/CCP) em 2011. Especialista em Educação Especial Inclusiva (2012-2013) e em Políticas Públicas para a Educação(2013-2014), ambas pela UENP/CCP. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza - PPGEN da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) - Campus de Londrina. 

Hallison Fernando Rosa, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Mestrando em Educação da Universidade Estadual de Londrina no núcleo de Educação Especial. Graduado em Licenciatura em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Participou do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Foi voluntário no Projeto de Extensão "Geodiversidade na Educação", desenvolvendo um importante website que o complementa. Foi bolsista no Projeto de Extensão "IESol - Incubadora de Empreendimentos Solidários", atuando em empreendimentos de economia solidária formados por grupos marginalizados. Participou, voluntariamente, de iniciação científica.

Adriana Regina de Jesus, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Pós Doutorado em Educação pela Universidade Federal Fluminense. Doutorado em Educação pela Pontificia Universidade Católica de São Paulo. Docente do Curso de Pedagogia e do Programa de Mestrado e Doutorado em Educação da Universidade Estadual de Londrina. Coordenadora do Grupo de Pesquisa do CNPq – Currículo, Gênero e Docência. Londrina – Paraná – Brasil.

Referências

AINSCOW, M. Processo de Inclusão é um processo de aprendizado. São Paulo, 2008. Entrevista concedida à Secretaria de Estado de Educação Especial. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/ees_a.php?t=002>. Acesso em: 14 jul. 2017.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BRASIL. Constituição. República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 05 out. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 20 jun. 2017.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Institui as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 dez. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 14 jul. 2017.

BRITO, K. R. S. Um estudo reflexivo sobre o currículo na educação infantil. Educação Por Escrito, v. 5, n. 1, p. 68-79, jan./jun. 2014. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/porescrito/article/viewFile/16882/11488>. Acesso em: 14 jul. 2017.

FUENTE, J. R. O. Escuela, Currículum y Sociedad. Revista Teoria e Prática da Educação, v. 14, n. 3, p. 5-15, set./dez. 2011. Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/TeorPratEduc/article/view/18472/9637>. Acesso em: 13 jul. 2017.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GRUNDY, S. Producto o praxis del currículo. Madrid: Morata, 1998.

LEAL, R. B. Planejamento de ensino: peculiaridades significativas. Revista Iberoamericana de Educación, Madri, v. 37, n. 3, 2005.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 6. ed. São Paulo: EPU, 2012.

MANTOAN, M. T. É. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Summus, 2015.

MELERO, M. L. Discriminados pelo currículo por sua desvantagem: estratégias do currículo para uma inclusão justa e factível. In: SACRISTÁN, J. G. (Org.). Saberes e incertezas sobre o currículo. Porto Alegre: Penso, 2013.

MOREIRA, A. F. B.; CANDAU, V. M. Educação escolar e cultura(s): construindo caminhos. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 23, p. 156-168, maio/ago. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n23/n23a11>. Acesso em: 10 jul. 2017.

NUNES, C.; MADUREIRA, I. Desenho Universal para a Aprendizagem: Construindo práticas pedagógicas inclusivas. Da Investigação às Práticas, Lisboa, v. 5, n. 2, p. 126-143, 2015.

PRAIS, J. L. S.; ROSA, V. F. Organização da atividade de ensino a partir do Desenho Universal de Aprendizagem: das intenções às práticas inclusivas. Revista Polyphonía, Goiânia, v. 25, n. 2, p. 359-374, jun./dez. 2014.

SACRISTÁN, J. G. O que significa o currículo? In: SACRISTÁN, J. G. Saberes e incertezas sobre o currículo. Porto Alegre: Penso, 2013.

SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SACRISTÁN, J. G. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artmed, 1999.

SANTOS, A. R. J.; COSTA, R. O currículo no contexto da sociedade contemporânea sob a perspectiva de professores da educação básica. Revista Educação em Perspectiva, Viçosa, v. 8, n. 1, p. 89-105, jan./abr. 2017.

SANTOS, A. R. J.; LOPES, R. P.; COSTA, R. Os sentidos referentes à classe social e relações de poder presentes no contexto das teorias curriculistas tradicionais e críticas. Revista e Curriculum, São Paulo, v. 15, n. 2 , p. 325-344, abr./jun. 2017. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/26631>. Acesso em: 14 jul. 2017.

SANTOS, M. P. Inclusão. In: SANTOS, M. P.; FONSECA, M. P. S.; MELO, S. C. (Org.). Inclusão em Educação: diferentes interfaces. Curitiba: CRV, 2009.

SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

TRAVERSINI, C. S. et al. Currículo e Inclusão na escola de Ensino Fundamental. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2013. Disponível em: <http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/978-85-397-0376-0.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2017.

UNESCO. Declaração de Salamanca sobre princípios, políticas e práticas na área das Necessidades Educativas Especiais. Salamanca: UNESCO, 1994. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2017.

Downloads

Publicado

11-04-2018

Como Citar

PRAIS, J. L. de S.; ROSA, H. F.; JESUS, A. R. de. Currículo e inclusão educacional: percepções de docentes da educação básica. Roteiro, [S. l.], v. 43, n. 1, p. 317–344, 2018. DOI: 10.18593/r.v43i1.14509. Disponível em: https://periodicos.unoesc.edu.br/roteiro/article/view/14509. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos de demanda contínua

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.