Currículo de história e agência docente: possibilidades de articulação nos anos iniciais do ensino fundamental
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v46i0.23857Palavras-chave:
Currículo de história, Relação com o saber, Agência, Ensino fundamentalResumo
Este texto tem por objetivo explorar as articulações entre a produção de currículos de História e os processos de subjetivação política mobilizados pelas professoras dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na relação estabelecida com o conhecimento histórico legitimado como objeto de ensino. As contribuições das teorizações curriculares pós-estruturalistas e da pesquisa biográfica ofereceram o quadro de inteligibilidade no âmbito do qual significamos e operamos, nesta escrita, com as categorias analíticas selecionadas. Nesse movimento procuramos compreender a relação estabelecida pelas docentes com o saber histórico escolar. Na perspectiva aqui privilegiada, o entendimento da natureza dessa relação é uma chave de leitura incontornável para a compreensão da articulação pretendida. Ao longo do texto, buscamos sustentar e argumentar a favor da potência heurística de trabalharmos na interface de duas hipóteses: (i) os/as docentes produzem e reinventam currículos no seu cotidiano profissional por meio do tipo de relação estabelecida com o conhecimento na sala de aula e (ii) a agência docente está diretamente vinculada à maneira de como elas significam essa relação. Selecionamos como campo empírico um conjunto de narrativas de docentes dos Anos Iniciais cujas práticas profissionais exercidas em culturas escolares distintas têm em comum o fato de serem reconhecidas, pelos seus próprios pares, como diferenciadas e instigantes no que diz respeito ao ensino de História nesse nível de ensino.
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