Autobiografia e a necessária incompletude das histórias de professores
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v46i.27182Palavras-chave:
Currículo, Autobiografia, Formação de professoresResumo
O artigo é um convite para interrogar meu trabalho sobre autobiografia, gênero e currículo. Em diálogo com a obra de Maxine Greene, em especial com “As formas da infância relembrada”, revisito meu interesse pela autobiografia, como gênero e método, na pesquisa educacional. As questões que atraem minha atenção são os desafios que as teorias pós-estrutural, psicanalítica, pós-colonial e queer apresentam à unidade e à coerência do “eu” intacto e plenamente consciente das práticas autobiográficas ocidentais, assim como aos limites de sua representação. Argumento que a autobiografia, como uma forma de investigação educacional, seja considerada também como literatura, assumindo o potencial da literatura imaginativa de interromper, ao invés de reforçar, as versões estáticas e essencializadas de nossos “eus” e do nosso trabalho como educadores. Esse pode, a meu ver, ser o único motivo para usar a autobiografia como uma forma de investigação educacional.
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