Avaliação e ranqueamento de universidades sob a lógica de critérios globais
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v43i1.15128Palavras-chave:
Universidade, Avaliação, RanqueamentoResumo
O mundo globalizado tem provocado diversos impactos no contexto universitário, especificamente a necessidade de adequação das instituições aos novos paradigmas impostos pelas mudanças em todos os setores da sociedade. Assim, o objetivo com esta pesquisa implica compreender o processo de avaliação de universidades, a partir de indicadores de ranqueamentos nacional e internacionais, bem como as exigências impostas a essas instituições quanto às mudanças na política de ensino, pesquisa, extensão e gestão. A metodologia adotada foi a abordagem qualitativa, de caráter bibliográfico e descritivo, tendo como elementos os indicadores adotados pelos rankings Ruf, U-Multirank, Quacquarelli Symonds, Ranking Web, THE-TR e Center for World University Rankings no processo de avaliação de universidades. Em linhas gerais, as universidades são submetidas à competitividade; os resultados classificatórios impõem o redirecionamento da política universitária, de forma a remeter a produção do conhecimento para o atendimento de fins, em alta medida, mercantilistas; há uma exagerada corrida das instituições avaliadas para serem reconhecidas como sendo de alta reputação, logo, universidades de classe mundial.
Downloads
Referências
AFONSO, A. J. A educação superior na economia do conhecimento, a subalternização das ciências sociais e humanas e a formação de professores. Avaliação, Campinas; Sorocaba, v. 20, n. 2, p. 269-291, jul. 2015.
AFONSO, A. J. Nem tudo o que conta em educação é mensurável ou comparável: crítica à accountability baseada em testes estandardizados e rankings escolares. Revista Lusófona de Educação, 13, p. 13- 29, jun. 2009.
ALTBACH, G. P. O que conta para a produtividade nas universidades de pesquisa? Ensino Superior Unicamp, 27 maio 2015. Disponível em: <https://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br>. Acesso em: 27 mar. 2015.
ALTBACH, G. P. The costs and benefits of world-class universities. International Higher Education, i. 33, p. 5-8, 2003. Disponível em: <https://ejournals.bc.edu/ojs/index.php/ihe/issue/view/761>. Acesso em: 27 mar. 2017.
ALTBACH, G. P.; REISBERG, L.; RUMBLEY, L. Trends in global higher education: Tracking an academic revolution. Boston: Sense Publications, 2010.
BOURDIEU, P. O campo científico. In: ORTIZ, R. (Org.). Bourdieu. São Paulo: Ática, 1983. p. 82-121.
BOURDIEU, P. Os usos sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo: UNESP, 2004.
CALDERÓN, A. I.; POLTRONIERI, H.; BORGES, R. M. Os rankings rankings na educação superior brasileira: políticas de governo ou de Estado? Ensaio: Avaliação Políticas Públicas. Educ., Rio de Janeiro, v. 19, n. 73, p. 813-826, out./dez. 2011.
COLADO, E. I. Capitalismo académico e globalización.
Educação e Sociedade, Campinas, v. 24, n. 84, p. 1059-1067, set. 2003. Disponível em: . Acesso em: 01 abr. 2017.
DIAS SOBRINHO, J. Avaliação e transformações da educação superior brasileira (1995-2009): do Provão ao Sinaes. Avaliação, Campinas, v. 15, n. 1, p. 195-224, 2010.
DRUCKER, P. Sociedade pós-capitalista. Lisboa: Actual, 2007.
DUARTE, R. G.; LIMA JÚNIOR, A. F. de; BATISTA, R. V. L. O processo de internacionalização das instituições de ensino superior: o caso das Pontifícias Universidades Católicas de Minas Gerais e do Paraná. E&G Economia e Gestão, Belo Horizonte, v. 7, n. 14, p. 1-178, 1, 2007.
ETZKOWITZ, H. MIT and the rise of entrepreneurial science. New York: Routledge, 2002.
HANS DE WIT. Repensando o conceito da internacionalização. Ensino Superior Unicamp, International Higher Ecucation, 20 fev. 2013. Disponível em: <https://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br>. Acesso em: 31 mar. 2017.
LESSARD, C. A universidade e a formação profissional de docentes: novos questionamentos. Educação e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 94, p. 201-227, jan./abr. 2006. Disponível em: . Acesso em: 31 mar. 2017.
MOURA, B. A.; MOURA, L. B. A. Ranqueamento de universidades: reflexões acerca da construção de reconhecimento institucional. Acta Scientiarum, Education Maringá, v. 35, i. 2, p. 213-222, July/Dec. 2013.
MAGALHÃES, A. A identidade do ensino superior: política, conhecimento e educação numa época de transição. Porto: Fundação Calouste Gulbenkian; Fundação para a Ciência e Tecnologia, 2004.
MAGALHÃES, A. Cenários, dilemas e caminhos da educação superior europeia. Perspectiva, Florianópolis, v. 29, n. 2, p. 623-647, jul./dez. 2011.
PFISTER, M.; CALDERÓN, A. I. Os rankings na educação superior brasileira: um estudo sobre o estado da questão. Encontro de Iniciação Científica, 19; Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, 9. Anais... 23-24 set. 2014.
RIBEIRO, J. L. L. de S. Avaliação das universidades brasileiras: as possibilidades de avaliar e as dificuldades de ser avaliado. Avaliação, Campinas; Sorocaba, v. 16, n. 1, p. 57-71, mar. 2011.
SALMI, J. The challenge of establishing world-class universities. Washington: The World Bank, 2009.
SANTOS, B. S. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez, 1997.
SCHWARTZMAN, S.; CASTRO, C. de M. Ensino, formação profissional e a questão da mão de obra. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 21, n. 80, p. 563-624, jul./set. 2013.
SEVERINO, A. J. Educação e universidade: conhecimento e construção da cidadania. Interface. Comunicação, Saúde, Educação, v. 6, n. 10, p. 117-124, fev. 2002.
VILELA, S. USP: uma universidade de classe mundial. In: VILELA, Sueli; FRANCO, Maria Lajolo (Org.). USP 2034: Planejando o Futuro. São Paulo: EDUSP, 2009.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaração de Direito Autoral
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons – Atribuição – 4.0 Internacional.