Movimento entre concreto e abstrato na formação de conceitos matemáticos por estudantes privados de liberdade
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v47.30051Palavras-chave:
Educação matemática, Experimento didático, Conhecimento teóricoResumo
Como ensinar matemática para estudantes privados de liberdade em tempos de pandemia? A partir deste desafio, foi proposto o objetivo de investigar o movimento do pensamento matemático de estudantes privados de liberdade, durante a formação do conhecimento referente à relação de multiplicidade. Uma pesquisa foi realizada por meio de experimento didático com quatro estudantes matriculados Educação de Jovens e Adultos, em uma cadeia pública localizada no sertão paraibano. O experimento foi planejado e executado com base nos fundamentos da Teoria do Ensino Desenvolvimental de Davídov e da Atividade Orientadora de Ensino de Moura. Por causa da pandemia, não houve contato físico com os estudantes, e a comunicação foi apenas na forma escrita. Para tanto, foi providenciado um caderno para cada estudante. As tarefas impressas eram enviadas em uma folha A4 coladas nos cadernos. Os estudantes pensavam coletivamente a solução de cada tarefa e registravam individualmente, na forma manuscrita, em seus respectivos cadernos a síntese coletiva. Portanto, a fonte de dados consiste nas respostas dos estudantes. Os resultados indicam que, apesar de os colaboradores estarem privados de liberdade, eles são capazes de aprender coletivamente, desde que o ensino seja organizado em tal direção, e sejam propiciadas as condições objetivas para sua efetivação.
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