Aprendizagem histórica e formação de professores dos anos iniciais na Universidade do Minho (Portugal): a articulação entre a prática e a investigação em educação histórica
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v45i0.21997Palavras-chave:
Educação histórica, Cognição histórica, Formação de professores dos anos iniciaisResumo
Este texto tem como objetivo apresentar a investigação em Educação Histórica desenvolvida no Instituto de Educação da Universidade do Minho (Portugal) no âmbito dos vários mestrados profissionalizantes de formação de professores, em especial dos professores dos anos iniciais (seis aos 12 anos). Apresenta-se uma breve contextualização do modelo de formação de professores desenvolvido na nossa instituição, principalmente desde 2008, com a implementação do modelo de Bolonha. Destaca-se a relevância atribuída à articulação entre prática pedagógica e investigação, as implicações da investigação no contexto educativo, bem como no desenvolvimento profissional dos futuros professores, alicerçada no paradigma construtivista, operacionalizado no modelo de aula-oficina, que fomenta o papel do professor-investigador social e os alunos como agentes da construção do conhecimento histórico. Exemplica-se esse modelo a partir de alguns estudos empíricos implementados pelos nossos formandos com crianças e jovens, que se focam em conceitos de segunda ordem (mudança, narrativa, evidência e significância) relacionados com o pensamento histórico e a consciência histórica, e outros estudos que integram ainda a educação patrimonial, na linha de investigação em cognição histórica, que se tem desenvolvido na Universidade do Minho (Portugal).
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