A formação de professores de linguagens para as escolas do campo na luta de classes: um estudo comparativo de duas propostas curriculares
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v47.29931Palavras-chave:
Formação por área do conhecimento, Luta de Classes, Linguagens, Licenciatura em Educação do Campo, Formação de ProfessoresResumo
Contextualiza a criação dos cursos de licenciatura em Educação do Campo no Brasil e esboça um breve histórico da formação por área do conhecimento no interior de tais cursos. Por meio de uma pesquisa exploratória, documental, realiza uma apreciação dos Projetos Pedagógicos dos cursos de licenciatura em Educação do Campo da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Estabelece um estudo comparativo entre os componentes curriculares de ambos para a habilitação em Linguagens, ressaltando as principais diferenças entre eles no que compete à carga horária, aos referenciais, às concepções centrais orientadoras e aos conteúdos programáticos. A partir de tal apreciação, debate algumas contradições e pontua as principais lacunas para a constituição de um projeto destinado à formação do campesinato no contexto de luta de classes. Ao final, enfoca que a negação de uma formação teórica consistente e coerente com os pressupostos que o curso assume mistifica as possibilidades de uma ação contra-hegemônica, coloca entraves na promoção de intelectuais orgânicos da comunidade campesina e configura uma maneira de negar as possibilidades, ainda que muito cerceadas, de se forjar qualquer alternativa ao capital.
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