Experiência museal no distrito de Mazagão Velho-AP: visitação em movimento
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v46.26473Palavras-chave:
Distrito de Mazagão Velho, Memória individual/coletiva, Territorialidade museal, Patrimônio cultural, educação para as relações étnico-raciaisResumo
Neste artigo, deu-se enfoque ao território distrital de Mazagão Velho, localizado no município de Mazagão, estado do Amapá, como espaço museal afro-amapaense, ante a sua relevância histórica e cultural, como reduto de negras e negros que protegem do apagamento e esquecimento suas heranças culturais/religiosas, as quais resistem ao tempo e conformam a geografia social da comunidade. A metodologia utilizada pautou-se em estudo teórico-bibliográfico e com base em entrevistas semiestruturadas, endereçado a oito guardiões culturais, sendo quatro mulheres e quatro homens atuantes na comunidade. Concluiu-se que a cultura, a memória e a territorialidade, numa perspectiva educativa e patrimonial, sinalizam ser uma ação comunitária e recurso didático-pedagógico estratégico para salvaguardar patrimônio cultural na/da comunidade.
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