Formação em deslocamentos: ficção e contrariedade em torno na BNCC
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v46i0.23829Palavras-chave:
Base Nacional Comum Curricular, Ensino Fundamental, Formação de Professores, Deslocamento, Rio Grande do NorteResumo
No Estado do Rio Grande do Norte a formação de professores em torno da Base Nacional Comum Curricular para o ensino fundamental (BNCC) tem ganhado corpo através de agentes como as Diretorias Regionais de Educação e Cultura, em articulação com a Secretaria do Estado da Educação e da Cultura, e Secretarias Municipais de Educação. Neste texto, interessa-nos discutir, a partir de uma visão pós-fundacional, a ideia de implementação da base, considerando o Documento Curricular do Rio Grande do Norte (DCRN) e outros materiais utilizados por esses agentes no processo de formação de professores, cujo protagonismo é exercido pelos coordenadores pedagógicos como multiplicadores de uma formação alinhada à base. Além do conjunto de materiais, lançamos mão de narrativas dos agentes multiplicadores da formação, em um grupo de rede social, que chamamos de grupo focal à base. Nosso interesse é entender como os sujeitos formadores têm significado formação de professores, tomando como referência o DCRN, sem perder de vista o comum da BNCC. Argumentamos que a formação produz deslocamentos em que a escola é recolocada como campo de disputa que tenciona o sentido de educação de qualidade pela significação da formação como insuficiente, ainda que disruptiva. A nossa defesa é que, embora não se divorcie da norma, o processo de formação como implementação de currículos no Rio Grande do Norte pode ser potente para, entre fixações, ficções e tensões, produzir novos arquivos e, por vezes, novos sentidos.
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