Formação continuada docente como lugar de experiências: comunidade de aprendizagem e as lições da pandemia da Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v48.30657Palavras-chave:
Formação continuada, Universidade e escola, Comunidade de aprendizagem, Pandemia da Covid-19, Aporte TecnológicoResumo
Este artigo tem por objetivo evidenciar a formação continuada como lugar que movimenta experiências e possibilidades, no entrelaçamento entre universidade e escola. Intenciona colaborar na premissa da possibilidade de organizar um processo formativo através de comunidade de aprendizagem, por meio de aportes digitais. Argumenta-se que é necessário pensar a formação continuada enquanto um “lugar” mobilizador da docência, de compartilhar experiências, produzir saberes e de profissionalização contínua, com o propósito de fomentar novas práticas, vivências e aprendizagens. Ainda, reflete e indica que esse movimento é possível de ser realizado por meio de aportes tecnológicos, considerando que, se a pandemia nos trouxe lições de isolamento e solidão, as respostas a ela nos ensinaram novas formas e aparatos de comunicação, evidenciando o diálogo e o aprender em comunidade. Este estudo é de cunho bibliográfico, tendo âncora em autores como Candau (1999), Fiorentini (2009, 2010), Imbernón (2009, 2010), Lévy (1999, 2007), Nóvoa (1997, 2009, 2017, 2020, 2022), Sacristán (1999), Tardif (2002) e Veiga (2008). Pode-se afirmar que a formação continuada, a partir de comunidade de aprendizagem, contribui na apropriação e reelaboração de saberes pensados e refletidos no coletivo.
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