BNCC E BNC-formação: consequências na formação de professores para as escolas do campo

Autores

  • Mauro Titton Universidade Federal de Santa Catarina/Centro de Ciências da Educação/Departamento de Metodologia de Ensino https://orcid.org/0000-0001-9146-4019

DOI:

https://doi.org/10.18593/r.v47.29548

Palavras-chave:

formação de professores, educação do campo, licenciatura em educação do campo, BNCC, BNC-Formação

Resumo

Este artigo traz elementos derivados de reflexões coletivas no âmbito dos movimentos sociais acerca das consequências da BNCC e da BNC-Formação sobre a formação dos professores. Para tal, parte de uma pesquisa qualitativa e de análise documental. Apresenta breve síntese dos aspectos formativos contidos naqueles documentos normativos, historiciza o surgimento de cursos próprios para a formação de professores para as escolas do campo, recupera elementos estratégicos da proposta formativa elaborada por professores e movimentos sociais ao longo de sua trajetória de lutas e finaliza reconhecendo desafios e problemáticas que necessitam de aprofundamento nas reflexões. Com isso, busca contribuir no debate e na construção da resistência ao avassalador avanço do capital sobre a formação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mauro Titton, Universidade Federal de Santa Catarina/Centro de Ciências da Educação/Departamento de Metodologia de Ensino

Doutor em Educação; Professor do Departamento de Metodologia de Ensino do CED/UFSC e membro do Grupo de Investigação em Política Educacional (GIPE-Marx).

Referências

ANDES-SN. Projeto do Capital para a Educação: análise e ações para a luta. Brasília: ANDES-SN, 2016.

ANHAIA, E. M. de. Formação de professores: realidade, contradições e possibilidade do curso de Licenciatura em Educação do Campo/UFFS – Campus de Laranjeiras do Sul – 2012/2017. 2018. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis: UFSC, 2018.

ANFOPE. A ANFOPE e os desafios de um sistema nacional de formação de profissionais da educação. Goiânia, 2008.

ANPED. Nota ANPEd: A proposta de BNCC do ensino médio: alguns pontos para o debate. 2018. Disponível em: https://www.anped.org.br/news/nota-anped-proposta-de-bncc-do-ensino-medio-alguns-pontos-para-o-debate. Acesso em: 23 set.2021.

ANTUNES, R. O Privilégio da Servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.

BRASIL. Licenciatura (plena) em Educação do Campo (texto não publicado). Ministério da Educação. Secretaria de Educação Alfabetização e Diversidade Coordenação Geral de Educação do Campo, Brasília, 2006.

BRASIL. Edital n. 2, de 23 de abril de 2008. Chamada pública para seleção de projetos de instituições públicas de ensino superior para o PROCAMPO. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2008.

BRASIL. Edital de convocação nº 09, de 29 de abril de 2009. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2009.

BRASIL. Edital de seleção Nº 02/2012 - SESU/SETEC/SECADI/MEC. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2012.

BRASIL. Portaria n. 86, de 1º de fevereiro de 2013. Institui o Programa Nacional de Educação do Campo - PRONACAMPO. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2013.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – Educação Infantil e Anos Iniciais. Brasília: MEC, 2018.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – Ensino Médio. Brasília: MEC, 2019a.

BRASIL. Resolução CNE/CP n. 2, de 20 de dezembro de 2019. Brasília: CNE, 2019b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2019-pdf/135951-rcp002-19/file. Acesso em: 27 set. 2021.

BRASIL. Sinopse Estatística da Educação Superior 2019. INEP, 2019c.

Disponível em: https://download.inep.gov.br/informacoes_estatisticas/sinopses_estatisticas/sinopses_educacao_superior/sinopse_educacao_superior_2019.zip. Acesso em: 23 set. 2021.

CALDART, R. S. Pedagogia do Movimento Sem Terra: escola é mais do que escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

CARVALHO, M. S. Realidade da Educação do Campo e os desafios para a formação de professores da educação básica na perspectiva dos movimentos sociais. 2011. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal da Bahia, Salvador: UFBA, 2011.

D’AGOSTINI, A.; TITTON, M. Política de formação de professores para a Educação do Campo: limites e possibilidades. In: Revista Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 6, n. 1, p. 155-173, jun. 2014. DOI: https://doi.org/10.9771/gmed.v6i1.10218

DUARTE, N. Vigotski e o “aprender a aprender”: crítica às apropriações neoliberais e pós-modernas da teoria vigotskiana. 2 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2001.

EVANGELISTA, O. et al. Desventuras dos professores na formação para o capital. Campinas: Mercado de Letras, 2019.

EVANGELISTA, O. Aula Inaugural 2021 - PPGE/UFJ com Profa. Dra. Olinda Evangelista. 1 vídeo. 130 min 8 seg. Transmitido ao vivo em 12 jun. 2021 no Canal do PPGE UFJ no Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=m5RQt4ivpbY. Acesso em: 21 set. 2021.

EVANGELISTA, O.; FIERA, L.; TITTON, M. Diretrizes para formação docente é aprovada na calada do dia: mais mercado. Florianópolis: UaE, 2019. Disponível em: https://universidadeaesquerda.com.br/debate-diretrizes-para-formacao-docente-e-aprovada-na-calada-do-dia-mais-mercado/. Acesso em: 29 set.2021.

FERNANDES, F. Educação e sociedade no Brasil. São Paulo: Dominus, 1966.

FREITAS, L. C. de. Os reformadores empresariais da educação e a disputa pelo controle do processo pedagógico na escola. Revista Educação e Sociedade, Campinas, v. 35, n. 129, p. 1085-1114, out.-dez., 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/ES0101-73302014143817

FREITAS, L. C. de. Neotecnicismo digital. Campinas, 2021. Disponível em: https://avaliacaoeducacional.com/2021/07/11/neotecnicismo-digital/ Acesso em: 19 set.2021.

LEHER, R. Um novo senhor da educação? A política educacional do Banco Mundial para a periferia do capitalismo. Revista Outubro, São Paulo, v. 1, n. 3, p. 19-30, 1999.

MÉSZÁROS, I. A Educação para além do Capital. São Paulo: Boitempo, 2005.

RAMOS, M. N. A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação? São Paulo: Cortez, 2001

SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SAVIANI, D. A pedagogia no Brasil: história e teoria. Campinas: Autores Associados, 2008.

SHIROMA, E.O. O Estado como cliente: interesses empresariais na coprodução da inspeção escolar. Florianópolis: UFSC, 2015.

TITTON, M. O limite da política no embate de projetos da educação do campo. 2010. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis: UFSC, 2010.

VENDRAMINI, C. R. A Educação do Campo na Perspectiva do Materialismo Histórico Dialético. Brasília, 2008. Disponível em: https://artenocampo.files.wordpress.com/2014/07/vendramini-educac3a7c3a3o-do-campo.pdf Acesso em: 21 set. 2021.

Downloads

Publicado

17-02-2022

Como Citar

TITTON, M. BNCC E BNC-formação: consequências na formação de professores para as escolas do campo. Roteiro, [S. l.], v. 47, p. e29548, 2022. DOI: 10.18593/r.v47.29548. Disponível em: https://periodicos.unoesc.edu.br/roteiro/article/view/29548. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Seção temática: Educação do Campo: análises e resistências em movimento

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.