Aprendizado de fronteiras em uma transformação curricular sensível ao gênero no Zimbábue: uma abordagem baseada na teoria da atividade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18593/r.v42i3.14215

Palavras-chave:

CHAT, Aprendizado de fronteiras, Sensível ao gênero, Transformação curricular

Resumo

Neste artigo tem-se como objetivo compartilhar informações sobre o processo de aprendizagem de fronteiras, em uma iniciativa de transformação curricular no Zimbábue. Baseia-se nas lentes dialéticas da Teoria Histórico-Cultural da Atividade (CHAT). As ações epistêmicas de aprendizagem de fronteiras foram projetadas/interpretadas usando pressupostos da CHAT de dupla estimulação, sistema de atividade e aprendizado expansivo. Os principais achados são dois tipos de aprendizagem de fronteiras: individual e institucional. A individual está concentrada em questionar e enfrentar as tensões em práticas atuais em termos de currículo individual. A institucional refere-se a relações colaborativas entre os níveis hierárquicos do sistema de ensino de professores no Zimbábue. Aponta-se para a necessidade de maior rigor teórico e conceitual em estudos de transformação curricular, argumentando a atenção cuidadosa em evidências empíricas de transformação/transgressão de práticas atuais em qualquer processo de aprendizado expansivo. Também é necessário pensar em lacunas nas políticas públicas, especialmente no desenvolvimento curricular.

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Biografia do Autor

Charles Chikunda, Fundação Universidade Federal de Rondônia

Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com formação de Graduação em Licenciatura em Pedagogia (Unopar) e em Bacharelado em Ciência da Computação (UCPel). Também é Especialista em Educação (UFPel) e em Linguagens Verbais e Visuais (IF-Sul). Professor do Departamento de Ciências da Educação da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), desenvolve estudos sobre prática pedagógica, formação de professores, psicologia educacional, metodologia de pesquisa, educação a distância, educação inclusiva, avaliação de aprendizagem, linguística textual e saúde coletiva. É líder do Grupo de Pesquisa "Educação, Psicologia Educacional e Processos Formativos" da UNIR, cujas linhas de pesquisa são Educação e Psicologia Histórico-Cultural (CHAT), Pesquisas Intervenção e Produção de Saberes e a Formação Continuada de Professores. Em seu Doutoramento, realizou estágio na Universität Siegen (Alemanha) e apresentou sua pesquisa na Moscow State University of Psychology and Education - MSUPE (Rússia).

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Publicado

04-12-2017

Como Citar

CHIKUNDA, C.; CHIKUNDA, P.; CASTRO, R. F. de. Aprendizado de fronteiras em uma transformação curricular sensível ao gênero no Zimbábue: uma abordagem baseada na teoria da atividade. Roteiro, [S. l.], v. 42, n. 3, p. 497–522, 2017. DOI: 10.18593/r.v42i3.14215. Disponível em: https://periodicos.unoesc.edu.br/roteiro/article/view/14215. Acesso em: 4 nov. 2024.

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