¿Hasta cuando las máscaras blancas? Educación y racismo en Mozambique
Until when the white masks? Education and racism in Mozambique
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v46.26480Palabras clave:
educación, racismo, transformación, MozambiqueResumen
Mozambique es una antigua colonia portuguesa. La colonización portuguesa fue tristemente famosa por su carácter asimilacionista, es decir, buscó convertir a los mozambiqueños en supuestos ciudadanos portugueses, con la escuela formal jugando un papel central en este desiderátum. Por tanto, era una escuela profundamente impregnada de racismo y las consecuencias sociales en la pérdida de la autoestima de los mozambiqueños fueron significativas. Mozambique es actualmente un país independiente. Los nacionalistas mozambiqueños que llevaron a cabo la lucha anticolonial hicieron de la lucha contra el racismo una de sus principales banderas. El interés de este artículo es argumentar en torno a la idea de que con la Independencia, la escuela mozambiqueña no se transformó en su ideología racista, es decir, la inferioridad de los negros, sin cultura y sin historia. Más concretamente, se buscará comprender, utilizando el aporte teórico de Fanoz, Freire y pensadores libertarios africanos Biko (1990), Mondlane (1995), el proceso de transformación de la escuela blanca europea a una escuela indígena africana, tomando la categoría de raza como un factor histórico. creación y no propiamente una esencia biológica. Se examinará la Ley 4/83, que fue la que creó el primer sistema educativo nacional en Mozambique. Los autores mozambiqueños que, en cierto modo, se preocuparon por el tema desde otros conceptos (CASTIANO; NGOENHA; BERTHOUD, 2005; MAZULA, 1995), merecen una revisión bibliográfica, mientras que nos preguntaremos, desde la perspectiva de la raza, si la escuela mozambiqueña es multicultural, un lugar de deconstrucción de ideologías racistas. y, de esta manera, la producción de un ciudadano orgulloso de su identidad negra.
Descargas
Citas
ALMEIDA, S. L. O que é racismo estrutural. Belo Horizonte: Letramento, 2018.
BENTO, M. A. S. Branqueamento e Branquitude no Brasil. In: CARONE, I.; BENTO, M. A. S. (org.). Psicologia social do racismo – estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 25-58. Disponível em: http://www.media.ceert.org.br/portal-3/pdf/publicacoes/branqueamento-e-branquitude-no-brasil.pdf. Acesso em: 23 jun. 2021.
BERGER, P.; LUCKMANN, T. Modernidade, pluralismo e crise de sentido: a orientação do homem moderno. Petrópolis: Editora Vozes, 2004.
BIKO, S. Escrevo o que quero. São Paulo: Editora Ática, 1990.
BOAVENTURA, M. V. Branquitude à brasileira: a fragilidade branca e o discurso da democracia racial em conversa em sobre racismo na escola. 2020. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
BOURDIEU, P.; PASSERON, J. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2008.
CABAÇO, J. L. Moçambique: identidades, colonialismo e libertação. 2007. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
CAHEN, M. Luta de emancipação anticolonial ou movimento de libertação nacional? Processo histórico e discurso ideológico – o caso das colónias portuguesas e de Moçambique em particular. Africana Studia, Edição da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, n. 8, p. 39-66, 2005.
CARDOSO, C. Branquitude e educação infantil: um estudo sobre a educação das relações étnico-raciais em uma unidade educativa do Município de Florianópolis. 2018. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2018.
CASTIANO, J.; NGOENHA, S.; BERTHOUD, G. A longa marcha duma “educação para todos em Moçambique. Maputo: Imprensa Universitária, 2005.
FANON, F. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008. DOI: https://doi.org/10.7476/9788523212148
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 57. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.
GADOTTI, M. Concepção dialéctica da educação: um estudo introdutório. São Paulo: Cortez, 1983.
GOLIAS, M. Sistemas de ensino em Moçambique, presente e passado. Maputo: Editora escolar, 1993.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. Quadro 12. População por tipo somático origem, segundo área de residência, idade e sexo. Moçambique, 2017.xlsx. Moçambique: [s. n.], 2017. Disponível em: http://www.ine.gov.mz/iv-rgph-2017/mocambique/04-tipo-somatico-raca/quadro-12-populacao-por-tipo-somatico-origem-segundo-area-de-residencia-idade-e-sexo-mocambique-2017.xlsx/view. Acesso em: 23 jun. 2021.
MAZULA, B. Educação, cultura e ideologia em Moçambique: 1975-1983. Maputo: Edições Afrontamento e Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, 1995.
MOÇAMBIQUE. Constituição da República Popular de Moçambique, de 20 de junho de 1975.
MOÇAMBIQUE. Lei 4/83, de 23 de março de 1983. Sobre o Sistema Nacional de Educação.
MONDLANE, E. Lutar por Moçambique. Maputo: Ed. Moçambicana, 1995. (Coleção chão).
MUNANGA, K. Negritude e identidade negra ou afrodescendente: um racismo ao avesso?
Revista da ABPN, v. 4, n. 8, p. 6-14, jul./out. 2012.
PORTUGAL. Decreto-Lei n. 31.207 sobre o Estatuto Missionário do Ministério das Colonias. Diário do Governo: 1ª Série, n. 79, 5 abr. 1941.
PORTUGAL. Decreto-Lei n. 39.666 sobre a Lei Orgânica do Ultramar, do Ministério do Ultramar. Diário do Governo: 1ª Série, n. 110, 20 maio 1954.
RIBEIRO, G. M. R. “É pena seres mulato!”: ensaio sobre relações raciais. Cadernos de Estudos Africanos, v. 23, 2012. DOI: https://doi.org/10.4000/cea.583. DOI: https://doi.org/10.4000/cea.583
ROGNON, F. Os primitivos, nossos contemporâneos: ensaio e textos. São Paulo: Papirus, 1991.
SANTOS, B. S. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. Revista Crítica de Ciências Sociais, 63, 2002. DOI: https://doi.org/10.4000/rccs.1285. DOI: https://doi.org/10.4000/rccs.1285
SANTOS, B. S. Uma conceção multicultural dos direitos humanos. Lua Nova, p. 39-124, n. 39, 1997. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-64451997000100007
SCHUCMAN, L. V. Sim, nós somos racistas: estudo psicossocial da branquitude paulistana. Psicologia & Sociedade, v. 26, n. 1, p. 83-94, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-71822014000100010
SERRA, C. (dir.). Racismo, etnicidade e poder – um estudo em cinco cidades de Moçambique. Maputo: Livraria Universitária, 2000.
SILVA, M. J.; BRANDIM, M. R. L. Multiculturalismo e educação: em defesa da diversidade cultural. Diversa, ano I, p. 51-66, jan./jun. 2008.
ZAMPARONI, V. As “Escravas Perpétuas” & o “Ensino Prático”: Raça, Gênero e Educação no Moçambique Colonial, 1910-1930. Estudos Afro-Asiáticos, ano 24, n. 3, p. 459-482, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-546X2002000300002
![](https://periodicos.unoesc.edu.br/public/journals/14/submission_26480_21616_coverImage_pt_BR.jpg)
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Eduardo Moises Jamisse Humbane, Orlando Chemane
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Declaración de Derechos de Autor
Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la Revista el derecho de primera publicación, con el trabajo licenciado simultáneamente bajo una Licencia Creative Commons – Atribución – 4.0 Internacional.