El directorio pombalino y el proyecto asimilacionista portugués: una mirada decolonial

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DOI:

https://doi.org/10.18593/r.v44i1.15119

Palabras clave:

Directorio, Catequesis indígena, Asimilacionismo, Decolonialidad

Resumen

La cuestión indígena en Brasil está impregnada por innumerables idas y venidas. Desde el período colonial se crean, revocan y recrean diversas leyes que versan sobre los derechos de los indios. En este sentido, el objetivo de este artículo es analizar desdoblamientos de la legislación indigenista creada por el Marqués de Pombal: el Directorio de los indios de 1755 y el Permiso de 1758. Entre otras medidas, estos dispositivos legales imponen la lengua portuguesa en detrimento de la "lengua general", utilizada por los jesuitas en los trabajos pedagógicos y de catequesis indígena. Consideramos que, más que normas y valores, fue impuesta principalmente la cosmovisión del colonizador y, sobre estos hechos, necesitamos echar una mirada decolonial. Para este análisis, apoyamos en Walsh (2013), Carneiro da Cunha (1992), Dantas, Sampaio e Carvalho (1992), Garcia (2007), entre otros. Como veremos, el impacto de esas medidas resultó en una política de asimilacionismo que contribuyó a la hibridación cultural de muchos pueblos indígenas.

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Publicado

2019-02-19

Cómo citar

OLIVEIRA, V. M. S.; MESQUITA, I. M. de. El directorio pombalino y el proyecto asimilacionista portugués: una mirada decolonial. Roteiro, [S. l.], v. 44, n. 1, p. 1–18, 2019. DOI: 10.18593/r.v44i1.15119. Disponível em: https://periodicos.unoesc.edu.br/roteiro/article/view/15119. Acesso em: 22 jul. 2024.

Número

Sección

Seção Temática: Educação étnico-racial: desafios cotidianos para além dos aspectos legais