The portuguese assimilation project: the pombaline directory under a decolonial glance
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v44i1.15119Keywords:
Directory, Indigenous catechesis, Assimilationism, DecolonialityAbstract
The indigenous question in Brazil is permeated by innumerable comings and goings. Since the colonial period various laws have been created, revoked and recreated that deal with the rights of the Indians. The aim of this article is to analyze unfolding of the Indianist legislation created by the Marquis of Pombal: the Indian Directory of 1755 and the License of 1758. Among other measures, these legal provisions impose the Portuguese language to the detriment of the "general language", used by the Jesuits in the teaching and indigenous catechesis. We consider that, more than norms and values, the colonizer's worldview has been imposed, and on these facts we need to cast a decolonial glance. For this analysis, we support in Walsh (2013), Carneiro da Cunha (1992), Dantas, Sampaio and Carvalho (1992), Garcia (2007), among others. We will see that the impact of these measures resulted in a policy of assimilationism that contributed to the cultural hybridization of many indigenous peoples.
Downloads
References
ALMEIDA, M. R. C. de. A atuação dos indígenas na História do Brasil: revisões historiográficas. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 37, n. 75, p. 17-38, maio 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882017000200017&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 09 out. 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-93472017v37n75-02
ALMEIDA, M. R. C. de. Os índios na história do Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2010.
ALMEIDA, R. H. de. O diretório dos índios: um projeto de “civilização” no Brasil do século XVIII. Brasília, DF: Editora UnB, 1997. Disponível em: http://www.nacaomestica.org/diretorio_dos_indios.htm. Acesso em: 23 dez. 2015.
AMOROSO, M. R. Corsários no caminho fluvial: os Mura do rio Madeira. In: CARNEIRO DA CUNHA, M. (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 297-310.
AMOROSO, M. R. Terra de índio: imagens em aldeamentos do império. São Paulo: Terceiro Nome, 2014.
BEOZZO, J. O. Leis e Regimentos das Missões: Política indigenista no Brasil. São Paulo: Loyola, 1983.
CANCELA, F. Recepção e tradução do Diretório dos índios na antiga Capitania de Porto Seguro: uma análise das Instruções para o governo dos índios. Revista História Social, Campinas, v. 2, p. 43-70, 2013.
CARNEIRO DA CUNHA, M. Política indigenista no século XIX. In: CARNEIRO DA CUNHA, M. (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 133-154.
COELHO, M. C. O Diretório dos Índios e as Chefias Indígenas: uma inflexão. Campos, Pará, v. 7, n. 1, p. 117-134, 2006. DOI: https://doi.org/10.5380/cam.v7i1.5444
DANTAS, B. G. Os índios em Sergipe. In: DINIZ, D. M. et al. (coord.). Textos para a História de Sergipe. Aracaju: Universidade Federal de Sergipe/BANESE, 1991. p. 19-60.
DANTAS, B. G.; SAMPAIO, J. A. L.; CARVALHO, M. do R. G. Os povos indígenas no Nordeste brasileiro: um esboço histórico. In: CARNEIRO DA CUNHA, M. (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 431-456.
FANON, F. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. (Coleção Perspectivas do homem. Série Política).
FLEXOR, M. H. O. O Diretório dos índios do Grão-Pará e Maranhão e o Direito Indiano. Politeia: História e Sociedade, Vitória da Conquista, v. 2, n. 1, p. 167-183, 2002. Disponível em: http://periodicos.uesb.br/index.php/politeia/article/viewFile/160/174. Acesso em: 27 dez. 2015.
FLEXOR, M. H. O. A "civilização" dos índios e a formação do território do Brasil. Histedbr, Campinas, 2006. Disponível em:
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/artigos_frames/artigo_073.html. Acesso em: 26 nov. 2015.
GARCIA, E. F. As diversas formas de ser índio: políticas indígenas e políticas indigenistas no extremo sul da América Portuguesa. 2007. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2007a.
GARCIA, E. F. O projeto pombalino de imposição da língua portuguesa aos índios e sua aplicação na América Meridional. Revista Tempo, Rio de Janeiro, v. 23, p. 23-38, 2007b. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-77042007000200003
GARDNER, G. Viagens no Brasil: principalmente nas províncias do norte e nos distritos do ouro e do diamante durante os anos de 1836-1841. Tradução: Albertino Pinheiro. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1942. (Série Brasiliana, v. 223).
ÍNDIOS. Compositor e intérprete: Renato Russo. In: Dois. Intérprete: Renato Russo. Rio de Janeiro: EMI-Odeon Brasil, 1986. 1 disco vinil (47 min).
JULIO, S. S. Mulheres indígenas na América Latina Colonial. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 28., 2015, Florianópolis. [Anais] [...]. Florianópolis, 2015. Disponível em:
http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1439240941_ARQUIVO_Anpuh2015.pdf. Acesso em: 26 jul. 2017.
KARASCH, M. Catequese e cativeiro: Política indigenista em Goiás, 1780-1889. In: CARNEIRO DA CUNHA, M. (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 397-412.
MATTOS, Y. de. A última inquisição: os meios de ação e funcionamento do Santo Ofício no Grão-Pará pombalino (1750-1774). Jundiaí: Paco Editorial, 2012.
MELATTI, J. C. Índios do Brasil. 9. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014.
MENÉNDEZ, M. A. A área Madeira-Tapajós: situação de contato e relações entre colonizador e indígenas. In: CARNEIRO DA CUNHA, M. (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 281-296.
MIGNOLO, W. D. Local Histories/Global Designs: Coloniality, Subaltern Knowledges, and Border Thinking. 2. ed. Princetown/Oxford: Princetown University Press, 2012. DOI: https://doi.org/10.23943/princeton/9780691156095.001.0001
MONTEIRO, J. M. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
NAVARRO, E. A. O último refúgio da língua geral no Brasil. Estudos Avançados, v. 26, n. 76, p. 245-254, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142012000300024
NOBRE, W. C. de A. História linguística do Sul da Bahia (1534-1940). Tese (Doutorado) – Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.
OLIVEIRA, J. P. de. Uma etnologia dos “índios misturados”? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais. Mana, v. 1, n. 4, p. 47-77, 1998. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-93131998000100003&script=sci_arttext. Acesso em: 29 mar. 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93131998000100003
OLIVEIRA, L. E. et al. A legislação pombalina e a história do ensino de línguas no Brasil. In: OLIVEIRA, L. E. et al. (org.). A legislação pombalina sobre o ensino de línguas: suas implicações na educação brasileira (1757-1827). Maceió: EDUFAL, 2010. p. 49-102.
PARAÍSO, M. H. B. O tempo da dor e do trabalho: a conquista dos territórios indígenas nos sertões do leste. Salvador: Edufba, 2014.
PERRONE-MOISÉS, B. Índios livres e índios escravos: os princípios da legislação indigenista no período colonial. In: CUNHA, Maria Manuela C. da. (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia. Das Letras, 1992. p. 115-132.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder e classificação social. In: SOUSA SANTOS, Boaventura de; MENESES, M. P. (org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2013.
RIBEIRO, E. R. George Gardner entre os índios do sertão. Biblioteca Digital Curt Nimuendajú, 2012. Disponível em: http://www.etnolinguistica.org/doc:17. Acesso em: 27 dez. 2015.
SANTOS, E. M. Da lei do Diretório ao Alvará de 1770: civilizar para o bem do Estado. In: OLIVEIRA, L. E. (org.). A legislação pombalina sobre o ensino de línguas: suas implicações na educação brasileira (1757-1827). Maceió: EDUFAL, 2010. p. 251-272.
SILVA, T. T. da. A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA, T. T. da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 73-102.
SOUZA, A. C. P. de. As reformas pombalinas e a produção dicionarística. In: OLIVEIRA, L. E. (org.). A legislação pombalina sobre o ensino de línguas: suas implicações na educação brasileira (1757-1827). Maceió: EDUFAL, 2010. p. 273-298.
WALSH, C. (ed.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013.
WALSH, C. Gritos, grietas y siembras de vida: Entretejeres de lo pedagógico y lo decolonial. In: WALSH, C. (ed.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo II. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2017. p. 17-45.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright Notice
The authors retain copyright and grant the Journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under a Creative Commons – Attribution – 4.0 International license.