Reconocimientos, sensibilidades y relaciones étnico-raciales: la obligatoriedad de la enseñanza del Holocausto en Porto Alegre
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v44i1.15086Palabras clave:
Educación, Relaciones étnico-raciales, Holocausto, Racismo, Derechos humanosResumen
El artículo resulta de una escritura conjunta que tematiza las memorias resentidas en lucha por reconocimiento (ANSART, 2001) y los temas sensibles (ALBERTI, 2013) en las prescripciones legales acerca de lo que deba ser enseñado en las clases de Historia de la Educación Básica en Brasil. Parte del caso emblemático de la aprobación de la Ley Municipal n. 10.965/2010 que, en el contexto nacional de la exigencia jurídica de la enseñanza de la historia y la cultura africana, afro brasileña, indígena y educación para las relaciones raciales, también hace obligatorio la enseñanza del Holocausto en las escuelas de la red municipal de Porto Alegre. Las pautas legales, construidas en forma de políticas públicas vinculadas a los procesos contemporáneos de reparación histórica, son atravesadas por los conflictos del tiempo presente y proyectan la enseñanza de temas sensibles abordados en este artículo – el Racismo y el Holocausto. El texto confronta dos investigaciones en curso, enfocando la historización de las políticas afirmativas que alcanzan los currículos de Historia, dentro y fuera de Brasil, relacionándolas con los proyectos de educación de las relaciones étnico-raciales y de educación para los derechos humanos.
Descargas
Citas
ALBERTI, V. Algumas estratégias para o ensino de história e cultura afro-brasileira. In: PEREIRA, A. A.; MONTEIRO, A. M. (org.). Ensino de história e culturas afro-brasileiras e indígenas. Rio de Janeiro: Pallas, 2013. p. 27-55.
ALBUQUERQUE JÚNIOR, D. M. Fazer defeitos nas memórias: para que servem o ensino e a escrita da história? In: GONÇALVES, M. de A. et al. (org.). Qual o valor da história hoje? Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012, p. 1-19.
ANSART, P. História e Memória dos Ressentimentos. In: BRESCIANI, Stella; NAXARA Márcia (org.). Memória (Res)sentimento: Indagações Sobre Uma Questão Sensível. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2001. p. 15-36.
BAUMAN, Z. Modernidade e holocausto. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 1998.
BRASIL. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humano. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília, DF: Secretaria Especial de Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, Unesco, 2007.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP n. 003/2004 de 10 de março de 2004. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 maio 2004.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei n. 10.639 de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. 2003. p. 1.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei n. 11.645 de 10 de março de 2008. Altera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 mar. 2008. p. 1.
HALBSWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
HEYMANN, L. O "devoir de mémoire" na França contemporânea: entre a memória, história, legislação e direitos. Rio de Janeiro: CPDOC, 2006.
JOUTARD, P. Reconciliar história e memória. Escritos: revista da Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro: Edições Casa de Rui Barbosa, ano 1, n. 1, p. 223, 2005.
KISSONDE, D. In: ROCHA, L. R. M. da et al. Sopapo Poético: Pretessência. Porto Alegre: Libretos, 2016.
KERSTING, E. H. de O. Negros e a Modernidade Urbana em Porto Alegre: a colônia africana (1890-1920). 1998. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1998.
LEVI, P. É isto um homem? Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1988.
MEINERZ, C. B. Ensino de História, Diálogo Intercultural e Relações Étnico-Raciais. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 42, n. 1, p. 59-77, jan./mar. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-623661184
POLLAK, M. Memória, Esquecimento, Silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 3-15, 1989.
PORTO ALEGRE. Câmara dos Vereadores. Lei 10.965/10 – Ensino do Holocausto. 2010. Prefeitura Municipal de Porto Alegre, 18 out. 2010.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: Colección Sur Sur, 2005. p. 118-142.
RIBEIRO, M. Políticas de Promoção de Igualdade Racial no Brasil (1986-2010). Rio de Janeiro: Garamond, 2014.
RICOUER, P. Conferência Memória, História, Esquecimento. Budapeste, 2003.
ROSA, M. V. de F. A Colônia dos Africanos na Cidade dos Imigrantes: cor, nacionalidade e disputas pela moradia em um bairro de Porto Alegre durante o pós-abolição. In: GOMES, F.; DOMINGUES, P. (org.). Políticas da Raça: experiências e legados da abolição e da pós-emancipação no Brasil. São Paulo: Selo Negro Edições, 2014. p. 263-278.
SCHWARCZ, L. M. Nem Preto nem Branco, Muito pelo Contrário: cor e raça na intimidade. In: SCHWARCZ, L. M. (org.). História da Vida Privada no Brasil: contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo: Cia das Letras, 1998. v. 4.
TODOROV, Tzvetan. Los abusos de la memoria. Barcelona: Paidós, 2000.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Declaración de Derechos de Autor
Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la Revista el derecho de primera publicación, con el trabajo licenciado simultáneamente bajo una Licencia Creative Commons – Atribución – 4.0 Internacional.