O direito à integração do trabalho e o sindicalismo no Mercosul
DOI:
https://doi.org/10.18593/ejjl.17552Palavras-chave:
Sindicalismo, Blocos econômicos, Mercosul, Integração do trabalhoResumo
A busca por expansão e desenvolvimento da economia fez com que os países se aglutinassem em Blocos Regionais para ter maior poder de barganha no desenrolar das atividades comerciais. O cenário da regionalidade, marcado pela livre circulação de bens, mercadorias e capitais, originariamente se mostra relutante a assumir uma face que também se traduza em bem-estar social para as populações diretamente envolvidas, o que ameaça pontualmente o futuro da proteção das relações de trabalho. A partir daí, a pesquisa se utiliza do método dedutivo para perpassar os desafios do sindicalismo no Mercosul a fim de concluir que o movimento tem apresentado importantes propostas para enfrentar a relação capital-trabalho na atual conjuntura econômica, trazendo significativas contribuições para o direito à integração do trabalho no âmbito do Bloco Econômico formado pelos países do Cone Sul. O estudo se mostra relevante porque o fortalecimento da atuação sindical no Mercosul possibilita a internacionalização da disputa entre a apropriação dos meios de produção e a justa distribuição da riqueza socialmente produzida.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Paulo Roberto de. A dimensão social nos processos de integração. In: CHALOULT, Yves; ALMEIDA, Paulo Roberto de (org.). Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social. São Paulo: LTr, 1999.
BEHRING, Elaine. Brasil em contrarreforma: desestruturação do Estado e perda de direitos. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
BRUNELLE, Dorval; CHALOULT, Yves. Transnacionalização das práticas sindicais: quadro teórico-analítico. In: CHALOULT, Yves; ALMEIDA, Paulo Roberto de (org.). Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social. São Paulo: LTr, 1999.
CASTRO VIEIRA, Jeferson de. Dinâmica socioeconômica do Mercosul frente à globalização. 2001. Tese (Doutorado) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2001.
CHALOULT, Yves. Relações Mercosul, Alcsa, Alca e papel do Estado. In: CHALOULT, Yves; ALMEIDA, Paulo Roberto de (org.). Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social. São Paulo: LTr, 1999.
COORDENADORIA DE CENTRAIS SINDICAIS DO CONE SUL. Estatuto das centrais sindicais do cone sul. Disponível em: www.coordinadoraconosur.org. Acesso em: 30 maio 2018.
COSTA, Hermes Augusto. A integração regional do sindicalismo: uma visão comparativa Brasil-Portugal. Coimbra, Portugal: Novos Estudos, 2003.
COSTA, Hermes Augusto. O sindicalismo na UE e Mercosul: etapas e caminhos em aberto. In: ESTANQUE, Elísio et al. (org.). Mudanças no trabalho e ação sindical: Brasil e Portugal no contexto da transnacionalização. São Paulo: Cortez, 2005.
DI LORENZO, Carlos Alberto. Mercosul e o direito trabalhista. São Paulo: Alexa, 2005.
DUPAS, Gilberto. Economia global e exclusão social: pobreza, emprego, estado e o futuro do capitalismo. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
FERREIRA, Claudia; ZEETANO, José Paulo. O Mercosul e a integração econômico regional: estágio atual da área trabalho. In: VIGEVANI, Tullo; LORENZETTI, Jorge (org.). Globalização e integração regional: atitudes sindicais e impactos sociais. São Paulo: LTr, 1998.
JAKOBSEN, Kjel; MARTINS, Renato. ALCA: quem ganha e quem perde com o livre comércio das américas. 2. ed. atual. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
KUMMEL, Marcelo Barroso. As convenções da OIT e o Mercosul. São Paulo: LTr, 2001.
MELLO E SILVA, Leonardo. Trabalhadores do Mercosul: uni-vos! A construção de uma voz coletiva contra-hegemônica: quando o dissenso é “pôr-se de acordo com, a propósito de”. In: SOUSA SANTOS, Boaventura (org.). Trabalhar o mundo: os caminhos do novo internacionalismo operário. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
MERCOSUL. Acordo multilateral de seguridade social do mercado comum do sul. Montevidéu: Mercosul, 1997.
MERCOSUL. Declaração Sociolaboral de 2015. Brasília, DF: Mercosul, 2015.
MERCOSUL. Tratado de Assunção. Tratado para a Constituição de um
Mercado Comum entre a República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República
do Paraguai e a República Oriental do Uruguai. Assunção: BCB, 1991.
OLIVEIRA, Lourival José de. A proteção do trabalho humano em um mundo globalizado: a criação de espaços públicos para a proteção de direitos fundamentais. Revista Direito UFMS, Campo Grande, v. 1, n. 1, p. 137-163, jul./dez. 2015. Disponível em: http://seer.ufms.br/index.php/revdir/article/view/644. Acesso em: 7 jun. 2018.
OMAN, Charles. Globalisation et régionalisation: quels enjeux pour les pays em développement? Paris: OCD, 1994.
STUART, Ana Maria. A sociedade civil na integração: movimentos sociais e organizações sindicais. In: CHALOULT, Yves; ALMEIDA, Paulo Roberto de (org.). Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social. São Paulo: LTr, 1999.
VEIGA, João Paulo Cândia. Práticas sindicais e acordos preferenciais de comércio: um novo caminho para o sindicalismo? In: CHALOULT, Yves; ALMEIDA, Paulo Roberto de (org.). Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social. São Paulo: LTr, 1999.
VIGEVANI, Tullo; MARIANO, Karina L. Pasquariello. Estratégias e alianças entre os atores sociais. In: CHALOULT, Yves; ALMEIDA, Paulo Roberto de. Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social. São Paulo: LTr, 1999.
VIGEVANI, Tullo. Mercosul: impactos para trabalhadores e sindicatos. São Paulo: LTr, 1998.
WANDERLEY, Luís Eduardo W. Sociedade civil, integração regional e Mercosul. In: WANDERLEY, Luís Eduardo W.; VIGEVANI, Tullo. Governos subnacionais e sociedade civil: integração regional e Mercosul. São Paulo: EDUC: Fundação Editora da UNESP: Fapesp, 2005.
ZYLBERSTAJN, Hélio et al. Processos de integração regional e a sociedade: o sindicalismo na Argentina, Brasil, México e Venezuela. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DIREITOS AUTORAIS: Autores mantêm os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial neste periódico.
CONTRATOS ADICIONAIS E DISTRIBUIÇÃO. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
DIREITOS DE REUTILIZAÇÃO: A Revista Espaço Jurídico adota a Licença Creative Commons, CC BY-NC (atribuição não comercial) conforme a Política de Acesso Aberto ao conhecimento adotado pelo Portal de Periódicos da Unoesc.
Com essa licença é permitido acessar, baixar (download), copiar, imprimir, compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos, desde que para uso não comercial e com a citação da fonte, conferindo os devidos créditos de autoria e menção à Revista Espaço Jurídico. Assim, nenhuma permissão prévia será necessária por parte de autores ou editores da EJJL.