USO DE PLANTAS MEDICINAIS LOCAIS NA DIETA DE ANIMAIS: POTENCIAIS EFEITOS PREVENTIVOS
Resumo
A inclusão de plantas medicinais na alimentação animal tem ganhado destaque por suas propriedades terapêuticas, oferecendo uma alternativa natural para a prevenção de doenças e promoção da saúde dos ruminantes. Essas plantas, além de fornecerem nutrientes, contêm compostos bioativos que podem atuar como agentes preventivos contra infecções, inflamações e distúrbios metabólicos, promovendo um melhor desempenho produtivo. Este estudo teve como objetivo avaliar os parâmetros bromatológicos de várias plantas medicinais cultivadas no horto medicinal da Unoesc Xanxerê e propor sua inclusão na dieta de ruminantes, visando a prevenção de doenças e o fortalecimento do sistema imunológico. As plantas medicinais foram colhidas no horto medicinal da Unoesc Xanxerê, em fevereiro de 2024, e analisadas no Laboratório de Bromatologia do curso de Zootecnia da Unoesc Xanxerê. As espécies avaliadas foram: Alternanthera brasiliana (Penicilina), Cordia verbenacea (Erva Baleira), Foeniculum vulgare (Funcho), Salvia officinalis (Sálvia), Rosmarinus officinalis (Alecrim), Rosmarinus officinalis (Osmarim), Cymbopogon citratus (Erva Luiza), Lavanda Brasileira (Aloysia gratissima), Cymbopogon nardus (Citronela), Mikania glomerata (Guaco) e Ruta graveolens (Arruda). As análises bromatológicas determinaram os teores de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), matéria orgânica (MO), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA). O objetivo foi avaliar o valor nutritivo dessas plantas e seu potencial na prevenção de doenças em ruminantes. Os resultados indicaram que as plantas possuem elevada concentração de matéria seca, tornando-as adequadas para inclusão em dietas animais. A Alternanthera brasiliana destacou-se pelo alto teor de matéria mineral (16,50%), sugerindo um potencial suprimento de micronutrientes essenciais. Rosmarinus officinalis, embora com menor teor de matéria mineral, apresentou a maior porcentagem de matéria orgânica (93,97%), demonstrando um elevado valor energético. Em termos de frações fibrosas, o Rosmarinus officinalis se destacou com altos teores de FDN (51,19%) e FDA (43,59%), o que pode auxiliar na regulação da digestão dos ruminantes. O Foeniculum vulgare e Cordia verbenacea também apresentaram bons níveis de fibra, contribuindo para uma fermentação ruminal eficiente. Além disso, plantas como Salvia officinalis e Aloysia gratissima, conhecidas por suas propriedades antioxidantes e antimicrobianas, têm potencial para prevenir doenças infecciosas. Em conclusão, a inclusão dessas plantas na dieta de ruminantes pode trazer benefícios nutricionais e preventivos, com potencial para reduzir a incidência de doenças gastrointestinais e respiratórias, melhorar a digestão e o desempenho produtivo dos animais.