DESCARTE INCORRETO DE MEDICAMENTOS: DIVERSIDADE DE FÁRMACOS DOMÉSTICOS

Autores

  • Aline Correa Trindade UNOESC-Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Kathleen Yanna Weber Fabris UNOESC-Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Elisangela Bini Dorigon UNOESC

Resumo

Introdução: A automedicação reduz a procura no atendimento básico hospitalar, porém essa prática, apresenta um ponto negativo, como a superdosagem ou dosagem insuficiente. A automedicação aumenta o volume de medicamentos vencidos ou em desuso nas residências.  A falta de orientações sobre a logística reversa e um programa eficiente de coleta de medicamentos como anti-hipertensivos, antibióticos, anticoncepcionais, antifúngicos, anti-inflamatórios, antidepressivos promovem complicações ambientais, como a contaminação dos lençóis freáticos solos, água, lagos, rios, oceanos e águas subterrâneas, sendo substâncias altamente tóxicas para o meio ambiente.  Objetivo: O estudo teve por finalidade analisar a diversidade de fármacos armazenados de forma doméstica, descartados incorretamente nos municípios do oeste catarinense. Método: Realizado uma coleta de medicações em gerais nas seguintes datas: entre 21 de agosto e 2 de setembro de 2022. A divulgação da pesquisa ocorreu de diversas formas, pelas secretarias de saúde municipais, sites municipais, instituições de ensino e outros. Nesse período também foram coletados medicamentos próximos do vencimento da validade, vencidos e em desuso de diversas classificações de fármacos como anti-hipertensivos, antibióticos, anticoncepcionais, antifúngicos, anti-inflamatórios, antidepressivos, ente outros nos municípios de Xanxerê, Xaxim, Chapecó, Abelardo luz,  Ipuaçu, Concórdia, Seara, Faxinal dos Guedes, Ouro Verde, São Domingos e Itá. Esta atividade foi realizada pelos alunos de pós-graduação em educação ambiental, a separação e a destinação ocorreu pelos cursos de enfermagem e farmácia  Resultados: Após a separação dos medicamentos, conseguiu se mensurar na totalidade de papel reciclável (caixinhas e bulas) 11583 g, cápsulas 4000 gramas (sem blister), gel vaginal (metronidazol) 50 tubos/50 g - 2500 g, pomadas diversas 92 tubos diversos (lidocaína, fungicidas), antibióticos (amoxicilina) 50 frascos/150ml - 7.500 ml, anticoncepcionais 60 unidades/caixas, 50 injetáveis (compostos por ampola + agulha), 10 pílulas, glicose 50% 10 ml - 200 ampolas 2000 ml, água para injetáveis 180 unidades de 10 ml - 1800 ml, NOPROSIL(cloridrato de metoclopramida) 14 ampolas 2 ml - 28 ml, Alfadornase 30 ampolas de 2,5 ml - 70ml, diversidades: ampolas 103 unidades e sachês 88 unidades, tendo em vista esse resultado com uma grandiosidade de medicamentos é necessário citar a lei n° 18336 de 06/01/2022 que fala sobre a logística reversa, definindo as responsabilidades na destinação dos medicamentos. Deve-se entender que a responsabilidade de destinação final desses medicamentos deve ser compartilhada pelos importadores, fabricantes, distribuidores, comerciantes e consumidores. Conclusão: Infere-se que o descarte incorreto das medicações vencidas e não utilizadas, em desuso, pode gerar contaminações, atingindo diversos segmentos ambientais, por se tratarem de compostos biologicamente ativos, capazes de induzir diversos efeitos colaterais ao organismo, inclusive nos seres humanos.

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Biografia do Autor

Elisangela Bini Dorigon, UNOESC

Biológa, especialista em fitossanidade, e em botânica; Mestre em Ciências da Saúde Humana.

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Publicado

10-11-2022

Como Citar

Correa Trindade, A., Yanna Weber Fabris, K., & Dorigon, E. B. (2022). DESCARTE INCORRETO DE MEDICAMENTOS: DIVERSIDADE DE FÁRMACOS DOMÉSTICOS. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e31613. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/31613

Edição

Seção

Xanxerê - Pesquisa

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