Direito fundamental à liberdade de reunião e controle de constitucionalidade de leis penais e de sua interpretação e aplicação: contribuição para o direito de reunião como sub-ramo autônomo do direito administrativo

Autores

  • Leonardo Martins Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.18593/ejjl.13301

Resumo

 

Resumo: Este é um estudo de caso antecedido por uma explanação sistemática de seus pressupostos teóricos. O caso é fictício, mas fortemente inspirado em uma decisão de Câmara do Tribunal Constitucional Federal alemão. Nela, tratava-se de avaliar a constitucionalidade de uma medida policial e sua confirmação judicial no contexto de uma contramanifestação a uma reunião que ocorria em local público. Para a sua solução, desenvolveu-se um parecer jurídico-constitucional cujo objeto é a situação jurídica presente no caso, com vistas a avaliar as chances de êxito de uma eventual ação judicial contra as medidas estatais (policiais e decisão judicial), considerando a hipótese da violação do direito fundamental à liberdade de reunião a ser testada. No que se refere aos pressupostos teóricos do caso e à conjuntura política e jurídica brasileira, tem-se o seguinte. Como ocorre em qualquer Estado democrático, também no Brasil sob a égide da Constituição Federal (CF) o entorno político-ideológico do direito fundamental à liberdade de reunião é tão notório quanto contraproducente, pelo menos quando se pensa na imprescindibilidade de uma abordagem especificamente técnico-jurídica constitucional. Há um déficit na discussão pátria que o presente ensaio visa a sanar à luz do direito comparado alemão. Conjugar, assistematicamente, o princípio democrático com a liberdade de reunião e seu suposto caráter instrumental em relação àquele não faz jus aos desafios hermenêuticos implícitos no complexo teor do art. 5º, XVI CF em que se positivou o direito fundamental à liberdade de reunião. Partindo de uma análise sistemática do texto constitucional, o presente ensaio apresenta definições jurídico-dogmáticas, metodologicamente disciplinadas, e analisa o teor do dispositivo, classificando suas locuções entre condições subjetivas para o exercício da liberdade de reunião e previsão implícita de seus limites constitucionais que, por sua vez, podem ser, atendido certo ônus argumentativo, concretamente traçados pelo legislador ordinário. Assim, uma legislação ordinária regulamentadora não poderia ser, de plano, descartada como inconstitucional. Também a interpretação e a aplicação dessa eventual lei regulamentadora, assim como no caso da interpretação de quaisquer outros dispositivos normativos pertinentes ao direito administrativo e penal em geral, devem ser interpretadas e aplicadas à luz do direito fundamental à liberdade de reunião, de tal sorte a serem observados os vínculos específicos de todos os órgãos estatais pertinentes às três funções estatais clássicas.

Palavras-chave: Autoaplicabilidade de direitos fundamentais. Regulamentação da liberdade de reunião. Limites constitucionais da liberdade de reunião. Interpretação judicial à luz da liberdade de reunião.

 

Abstract: This is a case study preceded by a systematic explanation of its theoretical framework. The case is fictitious but strongly inspired by a judgement of the Federal Constitutional Court in Germany, in which the court assessed the constitutionality of a police measure and its judicial confirmation in the context of a counter-protest to a meeting that had occurred in a public space. For the case study’s resolution, it was developed a juridical-constitutional opinion centred on the juridical situation exposed on the case, with the aim to evaluate the chances of a positive outcome of an eventual judicial action against the state measures (police measure and its juridical confirmation), considering the hypothesis of violation of the fundamental right to assembly. As in any other democracy, in Brazil under the Federal Constitution (FC) of 1988, the political-ideological contours of the right to freedom of assembly are as notorious as they are counterproductive - at least when one thinks of the indispensability of a specific constitutional legal technique. There is a deficit in the Brazilian literature that the present essay seeks to remedy in the light of comparative law considering the German case. To reconcile the democratic principle with the freedom of assembly, without a systematic approach, one assumes its instrumental character in relation to the former and does not meet the hermeneutical challenges implicit in the complex content of article 5, XVI, of the Brazilian Federal Constitution, in which freedom of assembly was enshrined. From a systematic analysis of the constitutional text, this study presents legal-dogmatic definitions that are methodologically disciplined, and analyzes the content of the aforementioned constitutional article, classifying its parts as either subjective conditions for the exercise of freedom of assembly or as implicit constitutional limits, which can be concretely drawn by the ordinary legislator, provided that they observe certain argumentative burdens. Thus, such a regulatory legislation could not, prima facie, be considered unconstitutional. Also, its eventual interpretation and application -as the interpretation of any other normative provision of administrative or criminal law in general - must be done in the light of freedom of assembly in such a way that the specific bounds between all three state functions are respected.

Keywords: Self-enforceability of fundamental rights. Regulation of the freedom of assembly. Constitutional limits of the freedom of assembly. Judicial interpretation in the light of the freedom of assembly.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leonardo Martins, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (1994), mestre (LL.M.) em Jurisdição Constitucional pela Humboldt-Universität zu Berlin (1997), Alemanha e doutor (doctor iuris) em Direito Constitucional pela Humboldt-Universität zu Berlin (2001), Alemanha. Pós-doutoramentos pelo Hans-Bredow-Institut (Pesquisa em Regulação da Comunicação Social) junto à Univ. de Hamburg, Alemanha (2004) e pelo Erich Pommer Institut (Direito e Economia da Com. Social) como Fellow da Fundação Alexander v. Humboldt (2010) e mais três vezes pela Humboldt-Universität zu Berlin (2011 e 2013-14, 2017). Atualmente é Professor Associado II da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Foi Professor Visitante na Humboldt-Universität zu Berlin (de 2001 a 2012). Tem experiência na área de Direito Constitucional, com ênfase em Direitos Fundamentais, atuando principalmente nos seguintes temas: direito e justiça constitucionais comparados, princípio da proporcionalidade, colisão entre direitos fundamentais, regulação da comunicação social e teoria geral dos direitos fundamentais.

Referências

ALEXY, Robert. Grundrechte als subjektive Rechte und als objektive Normen. Der Staat. v. 29, p. 73–107, 1990.

BADURA, Peter. Staatsrecht. Systematische Erläuterung des Grundgesetzes für die Bundesrepublik Deutschland. 6ª ed. ampliada. Beck: München.

BAPTISTA, Patrícia. Transformações do Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Renovar, 2013.

BARROSO, Luís Roberto. Neoconstitucionalismo e constitucionalização do direito: O triunfo tardio do direito constitucional no Brasil. In: (2007) #

BARROSO, Luís Roberto. Interpretação e Aplicação da Constituição. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Gandra. Comentários à Constituição do Brasil. v. 2. São Paulo: Saraiva, 1989.

BINENBOJM, Gustavo. Uma Teoria do Direito Administrativo: direitos fundamentais, democracia e constitucionalização. 3ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2014.

BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Parte especial: dos crimes contra a administração pública, dos crimes praticados por prefeitos. São Paulo: Saraiva, 2010.

BÖCKENFÖRDE, Ernst-Wolfgang. Grundrechte als Grundsatznormen – Zur gegenwärtigen Lage der Grundrechtsdogmatik. Der Staat. v. 29, p. 1–31, 1990.

BRANCO, Paulo Gustavo G. Comentários ao art. 5º, XVI a XXI. in: CANOTILHO, J.J. Gomes; MENDES, Gilmar F.; SARLET, Ingo-Wolfgang; STRECK, Lênio Luiz. Comentários à Constituição do Brasil. Saraiva / Almedina, 2014. P. 304-312.

BULL, Hans Pete; MEHDE, Veith. Allgemeines Verwaltungsrecht: mit Verwaltungslehre. 9ª ed. Heidelberg: Müller, 2015.

BUMKE, Christian. Ausgestaltung von Grundrechten. Grundlagen und Grundzüge einer Dogmatik der Grundrechtsausgestaltung unter besonderen Berücksichtigung der Vertragsfreiheit. Mohr Siebeck: Tübingen, 2009.

BUMKE, Christian; Schuppert, Gunnar Folke. Konstitutionalisierung der Rechtsordnung. Überlegungen zum Verhältnis von verfassungsrechtlicher Ausstrahlungswirkung und Eigenständigkeit des "einfachen" Rechts. Mohr Siebeck: Tübingen, 2000.

CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte especial. Vol. 3. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

CAPEZ, Fernando; PRADO, Stela. Código Penal comentado. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

CARVALHO FILHO, José do Santos. Manual de Direito Administrativo. 11ª. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004.

CORNILS, Matthias. Die Ausgestaltung der Grundrechte: Untersuchungen zur Grundrechtsbindung des Ausgestaltungsgesetzgebers. Tübingen: Mohr Siebeck, 2005.

CRUZ, José Raimundo Gomes da. O controle jurisdicional do processo disciplinar. São Paulo Malheiros, 1996.

DELMANTO, Celso et al. Código Penal Comentado. 7ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2007. #

DETTERBECK, Steffen. Allgemeines Verwaltungsrecht: mit Verwaltungsprozessrecht. München: 14ª ed. Beck, 2016.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24ª. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

DIAS, Roberto; DE LAURENTIIS, Lucas. Revista Brasileira de Estudos Constitucionais – RBEC. v. 8, n. 30. P. 649-669, set./dez. 2014.

DIMOULIS, Dimitri. Direito penal constitucional: garantismo na perspectiva do pragmatismo jurídico-político. Belo Horizonte: Arraes, 2016.

DIMOULIS, Dimitri. Significado e atualidade da separação de poderes. In: AGRA, Walber de Moura; CASTRO, Celso Luiz Braga de; TAVARES, André Ramos. Constitucionalismo. Os desafios no terceiro milênio. Belo Horizonte: Forum, 2008. P. 143 ss.

DIMOULIS, Dimitri. Direitos fundamentais e democracia. Da tese da complementaridade à tese do conflito. Revista Brasileira de Estudos Constitucionais – RBEC. v. 01, p. 200-214, 2007.

DIMOULIS, Dimitri; LUNARDI, Soraya. Curso de processo constitucional. 4ª revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Atlas, 2016.

DIMOULIS, Dimitri; MARTINS, Leonardo. Teoria geral dos direitos fundamentais. 5ª. ed. revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Atlas, 2014.

DREIER, Horst. Artikel 1 III [Grundrechtsbindung]. In: DREIER, Horst. Grundgesetz-Kommentar. Vol. I. Artikel 1-19. 3ª ed. Tübingen: Mohr Siebeck, 2013. P. 280-329.

DREIER, Horst. Artikel 19 II [Grundrechtseinschränkung]. In: DREIER, Horst. Grundgesetz-Kommentar. Vol. I. Artikel 1-19. 3ª ed. Tübingen: Mohr Siebeck, 2013. P. 1721-1734.

ENDERS, Christoph; HOFFMANN-RIEM, Wolfgang; KNIESEL, Michael; POSCHER, Ralf; SCHULZE-FIELITZ, Helmuth. Musterentwurf eines Versammlungsgesetzes. München: Beck, 2011.

ERBGUTH, Wilfried. Allgemeines Verwaltungsrecht: mit Verwaltungsprozess- und Staatshaftungsrecht. 8ª ed. ed. Baden-Baden: Nomos, 2016.

FRANÇA, Vladimir da Rocha. Direito de reunião pacífica da Constituição Federal. Revista de Direito Constitucional e Internacional – RDCI. v. 15, n. 61, p. 280–297, out./dez. 2007.

FRANÇA, Vladimir da Rocha. Invalidação Judicial da Discricionariedade Administrativa: no regime jurídico-administrativo brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

FREITAS, Juarez. Discricionariedade administrativa e o direito fundamental à boa Administração Pública. São Paulo: Malheiros, 2007.

FREITAS, Juarez. O controle dos atos administrativos e os princípios fundamentais. 4ª. ed. revista e ampliada. São Paulo: Malheiros, 2009.

GERBER, Konstantin. Liberdade de reunião que depende de quem, quando e para onde vai. Portal “Justificando” (Carta Capital), publicado em 15.08.2016 (acesso em 24.02.2017) http://justificando.cartacapital.com.br/2016/08/15/liberdade-de-reuniao-que-depende-de-quem-quando-e-para-onde-vai/

GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte especial. Vol. V. 8ª ed. Niterói: Ímpetus, 2012.

GRIMM, Dieter. Die Meinungsfreiheit in der Rechtsprechung des Bundesverfassungsgerichts. Neue Juristische Wochenschrift – NJW. v. 1995, p. 1697–1705.

GUSY, Christoph. Polizei- und Ordnungsrecht. 9ª ed. Tübingen: Mohr Siebeck, 2014.

HOFFMANN, Harald; GERKE, Jürgen; HILDEBRANDT, Uta. Allgemeines Verwaltungsrecht. 11ª ed. Stuttgart: Kohlhammer, 2016.

HÖFLING, Wolfram. Art. 8 I [Versammlungsfreiheit]. In: SACHS, Michael (Org.). Grundgesetz: Kommentar. 7a ed. München: Beck. P. 430-455, 2014.

HUFEN, Friedehelm. Staatsrecht II. Grundrechte. 5ª ed. München: C.H. Beck, 2016.

HUSTER, Stefan. Die ethische Neutralität des Staates: eine liberale Interpretation der Verfassung. Tübingen: Mohr Siebeck, 2002.

JANDA (vorm. Abig), Constanze. Medizinrecht. 3ª ed. Konstanz: UTB, 2016. #

JARASS, Hans D. Vorbemerkung vor Art. 1. In: JARASS, Hans D.; PIEROTH, Bodo. Grundgesetz für die Bundesrepublik Deutschland: Kommentar. 12ª ed. München: Beck. P. 15-37, 2011. #

JARASS, Hans D. Vorbemerkung vor Art. 1. In: JARASS, Hans D.; PIEROTH, Bodo. Grundgesetz für die Bundesrepublik Deutschland: Kommentar. 14ª ed. München: Beck. P. 294-304, 2016.

JESUS, Damásio E. de. Direito penal. 4º vol. São Paulo: Saraiva, 1997.

JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 8ª. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012.

KNIESEL, Michael; POSCHER, Ralf. Versammlungsrecht. in: Lisken, Hans; Denninger, Erhard (org.), Handbuch des Polizeirechts. 4ª ed. München: C. H. Beck. P. 1009-1110, 2007.

KOLL, Berend. Liberales Versammlungsrecht. Zum Stellenwert der Freiheit in den Versammlungsgesetzen. Baden-Baden: Nomos, 2015.

KRELL, Andreas J. Discricionariedade administrativa e proteção ambiental: o controle dos conceitos jurídicos indeterminados e a competência dos órgãos ambientais: um estudo comparado. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004.

KUGELMANN, Dieter. Die informatorische Rechtsstellung des Bürgers. Tübingen: Mohr Siebeck, 2001.

LIMA, Ruy Cirne. Princípios de direito administrativo. 7ª ed. Malheiros: São Paulo, 2007.

LOEWENSTEIN, Karl. Militant Democracy and Fundamental Rights. in: American Political Science Review. v. 31, P. 417–433 e 638–658, 1937.

MAGER, Ute. Staatsrecht II. Grundrechte. 6ª ed. totalmente reformulada. Stuttgart: Kohlhammer, 2004.

MANSSEN, Gerrit. Staatsrecht II. Grundrechte. 13ª ed. München: Beck, 2016.

MARTINS, Leonardo. Tribunal Constitucional Federal alemão: decisões anotadas sobre direitos fundamentais [obra em 5 volumes. Vol. 1: Liberdade de consciência e crença, liberdades de expressão do pensamento e de comunicação social, liberdades artística e científica]. 2017 (no prelo).

MARTINS, Leonardo. Tribunal Constitucional Federal alemão: decisões anotadas sobre direitos fundamentais [obra em 5 volumes. Vol. 1: Dignidade humana, livre desenvolvimento da personalidade, direito fundamental à vida e à integridade física, igualdade]. 2016-a.

MARTINS, Leonardo. Direitos fundamentais à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem (art. 5º, X da CF): alcance e substrato fático da norma constitucional (intervenção estatal potencialmente violadora). Ius Gentium. Bd.7, N. 1. P. 105-132, 2016-b.

MARTINS, Leonardo. “Eigentum verpflichtet” auf Portugiesisch. Was kann die brasilianische Verfassungsrechtswissenschaft vom angewandten Art. 14 Absatz 2 Grundgesetz lernen? In: PLÖSE, M.; FRITSCHE, T.; KUHN, M.; LÜDERS, S. “Worüber reden wir eigentlich?” Festgabe für Rosemarie Will. Berlin: Humanistische Union. P. 445-461, 2016-c.

MARTINS, Leonardo. Descriminalização das Drogas. Possibilidade. Carta Forense. Julho de 2015, 2015.

MARTINS, Leonardo. Bioética à luz da liberdade científica: estudo de caso baseado na decisão do STF sobre a constitucionalidade da lei de biossegurança e no direito comparado alemão [com um ensaio de Bernhard Schlink: “Questões atuais da proteção da vida pré-natal”]. São Paulo: Atlas, 2014.

MARTINS, Leonardo. ADPF 187/DF: Marcha da Maconha. In: ANJOS Filho, Robério dos (org.). STF e direitos fundamentais. Diálogos contemporâneos. Salvador: Juspodivm. P. 277-305, 2013.

MARTINS, Leonardo. Liberdade e Estado constitucional: leitura jurídico-dogmática de uma complexa relação a partir da teoria liberal dos direitos fundamentais. São Paulo: Atlas, 2012-a.

MARTINS, Leonardo. Reunião (liberdade de). In: DIMOULIS, Dimitri (org.). Dicionário brasileiro de direito constitucional. São Paulo: Saraiva. P. 363-364, 2012-b.

MARTINS, Leonardo. Direito processual constitucional alemão. São Paulo: Atlas, 2011.

MARTINS, Leonardo. A retórica do processo constitucional objetivo no Brasil: breves considerações de constitutione ferenda. In: NOVELINO, Marcelo (org.). Leituras complementares de direito constitucional: controle de constitucionalidade e hermenêutica constitucional. 3ª ed. revista, ampliada e atualizada. Salvador: Jus Podivm, 2010. P. 127-146.

MARTINS, Leonardo. Cinquenta anos de jurisprudência do Tribunal Constitucional Federal alemão. Montevideu: Konrad-Adenauer-Stiftung, 2005.

MAURER, Hartmut. Allgemeines Verwaltungsrecht. 18ª ed. München: Beck, 2011.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 25ª. ed. São Paulo: Malheiros, 2008.

MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 12ª. ed. Revista e atualizada. São Paulo: Saraiva, 2017.

MENDES, Gilmar Ferreira. Jurisdição constitucional: o controle abstrato de normas no Brasil e na Alemanha. São Paulo: Saraiva, 2004.

MENDES, Gilmar Ferreira. Os direitos individuais e suas limitações. Breves reflexões. In: MENDES, Gilmar Ferreira et al. Hermenêutica constitucional e direitos fundamentais. Brasília: Brasília Jurídica, 2000.

MEZZAROBA, Orides. Comentários ao art. 17. in: CANOTILHO, J.J. Gomes; MENDES, Gilmar F.; SARLET, Ingo-Wolfgang; STRECK, Lênio Luiz. Comentários à Constituição do Brasil. Saraiva / Almedina, 2013. P. 690-699.

MICHAEL, Lothar; MORLOK, Martin. Grundrechte. 5ª. ed. Baden-Baden: Nomos, 2016.

MIRABETTE, Júlio Fabrini. Manual de direito penal. 18ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

MIRANDA, Jorge. Manual de direito constitucional. 3ª. ed. Coimbra: Coimbra Editora, 2000.

MÖLLERS, Martin H. W. Polizei und Grundrechte. Ein Lehrbuch zu den Menschenrechten in der polizeilichen Praxis. 3ª ed. atualizada e ampliada. Frankfurt: Verlag für Polizeiwissenschaft, 2015.

MORAES, Alexandre de. Passeatas são legítimas, mas devem respeitar democracia. In: Consultor Jurídico (www.conjur.com.br). Publicado em 14.06.2013. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2013-jun-14/justica-comentada-passeatas-sao-legitimas-respeitar-democracia. Acessado em 07.04.2017, 2013.

NASCIMENTO, Filippe Augusto dos Santos. A dimensão objetiva dos direitos fundamentais: conceito e sistematização [dissertação de mestrado em direito. Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, 2013]. Porto Alegre: Fabriz, 2016.

NORONHA, E. Magalhães. Direito penal. São Paulo: Saraiva, 1998.

NOVELINO, Marcelo. Manual de direito constitucional. 8ª ed. revista e atualizada. São Paulo: Método, 2013.

NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal. Parte Geral e Especial. 6ª ed. São Paulo: RT, 2009.

OLIVEIRA, Renata Camilo de Oliveira. Zur Kritik der Abwägung in der Grundrechtsdogmatik: Beitrag zu einem liberalen Grundrechtsverständnis im demokratischen Rechtsstaat. Duncker & Humblot: Berlin, 2013.

PEINE, Franz-Joseph. Allgemeines Verwaltungsrecht. 11ª ed. Müller: Heidelberg, 2014.

PIEROTH, Bodo; SCHLINK, Bernhard; Kingreen, Thorsten; Poscher, Ralf. Grundrechte. Staatsrecht II. 31ª ed. Heildelberg: C.F. Müller, 2015.

PIEROTH, Bodo; SCHLINK, Bernhard; KNIESEL, Michael; KINGREEN, Thorsten; POSCHER, Ralf. Polizei- und Ordnungsrecht. Mit Versammlungsrecht. 9ª ed. München, 2016.

PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito penal brasileiro. Vol. 3: parte especial. Artigos 250 a 259-H. 7ª ed. São Paulo: RT, 2010.

SACHS, Michael. Verfassungsrecht II – Grundrechte. Berlin: Springer, 2016.

SANTOS, Juarez Cirino dos. A moderna Teoria do Fato Punível. 2ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2002.

SARLET, Ingo Wolfgang; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Curso de direito constitucional. Saraiva: São Paulo, 2016.

SARLET, Ingo Wolfgang; WEINGARTNER NETO, Jayme. Democracia desmascarada?: liberdade de reunião e manifestação: uma resposta constitucional contra-hegemônica. Direitos fundamentais e jurisdição constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais. P. 477-496, 2014.

SAUERLAND, Thomas. Allgemeines Verwaltungsrecht. München: C.H. Beck, 2015.

SCHENKE, Wolf Rüdiger. Polizei- und Ordnungsrecht. 9ª ed. Heidelberg: Müller, 2016.

SCHILDHEUER, Frank. Grundrechte. 4ª ed. Frankfurt: Jura Intensiv Verlag, 2015.

SCHLAICH, Klaus; KORIOTH, Stefan. Das Bundesverfassungsgericht: Stellung, Verfahren, Entscheidungen. 10ª. ed. München: Beck, 2015.

SCHLINK, Bernhard. Der Grundsatz der Verhältnismäßigkeit. In: BADURA, Peter; DREIER, Horst (org.). Festschrift 50 Jahre Bundesverfassungsgericht. Vol. 2. Tübingen: Mohr Siebeck, 2001.

SCHLINK, Bernhard. Freiheit durch Eingriffsabwehr - Rekonstruktion der klassischen Grundrechtsfunktion. Europäische Grundrechte-Zeitschrift - EuGRZ. v. 1984, p. 457–468, 1984.

SCHLINK, Bernhard. Bemerkungen zum Stand der Methodendiskussion in der Verfassungsrechtswissenschaft. Der Staat. v. 19, p. 73–107, 1980.

SCHLUCKEBIER, Wilhelm. § 240 [Nötigung]. In: SCHLUCKEBIER, Wilhelm et al. Strafgesetzbuch: Kommentar. 2a ed. Köln: Carl Heymanns Verlag, 2014. P. 1465-1472.

SCHMIDT, Rolf. Allgemeines Verwaltungsrecht: Verwaltungsorganisation und Behördenaufbau, Rechtsquellen des Verwaltungsrechts, das subjektive öffentliche Recht, unbestimmter Rechtsbegriff, Beurteilungsspielraum und planerische Abwägungsentscheidungen, Verwaltungsermessen, Handlungsformen der Verwaltung, Staatshaftungsrecht. 19ª ed. Grasberg bei Bremen: Dr. Rolf Schmidt GmbH, 2016.

SCHULZE-FIELITZ, Helmuth. Artikel 8 [Versammlungsfreiheit]. In: DREIER, Horst. Grundgesetz-Kommentar. V. I. Artikel 1-19. 3ª ed. Tübingen: Mohr Siebeck, 2013. P. 1022-1077.

SCHWABE, Jürgen. Staatsrecht II. Grundrechte. Materielles Recht & Klausurlehre. 3ª ed. Stuttgart: Boorberg, 2016.

SCHWEICKHARDT, Rudolf; VONDUNG, Ute. Allgemeines Verwaltungsrecht. 9ª ed. Stuttgart: Kohlhammer. 2010.

SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 40ª ed. revista e atualizada (até a EC 95, de 15.12.2016). São Paulo: Malheiros, 2017.

SILVA, José Afonso da. Aplicabilidade das normas constitucionais. 6ª. ed. (3ª. tir.), São Paulo: Malheiros, 2004.

SILVA, Virgílio Afonso da. Direitos Fundamentais: conteúdo, essencial, restrições e eficácia. 2ª. ed. São Paulo: Malheiros, 2011.

SILVA, Virgílio Afonso da. O conteúdo essencial dos direitos fundamentais e a eficácia das normas constitucionais. Revista de Direito do Estado. v. 4, p. 23-51, 2006.

SILVA, Virgílio Afonso da. A constitucionalização do direito: os direitos fundamentais nas relações entre os particulares. São Paulo: Malheiros, 2005.

SINN, Arndt. § 193 (Wahrnehmung berechtigter Interessen). In: SCHLUCKEBIER, Wilhelm et al. (org.). Strafgesetzbuch: Kommentar. 2a ed. Köln: Carl Heymanns Verlag. P. 1248-1254, 2014.

SOUSA, António Francisco. Liberdade de reunião e de manifestação no estado de direito. Direitos Fundamentais e Justiça. v. 6, n. 21, p. 27-38, out./dez. 2012.

STEINMETZ, Wilson. O dever de aplicação imediata de direitos e garantias fundamentais na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e nas interpretações da literatura especializada. In: SARMENTO, Daniel; SARLET, Ingo Wolfgang (Org.). Direitos fundamentais no Supremo Tribunal Federal: Balanço e crítica. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.

STEINMETZ, Wilson. Colisão de direitos fundamentais e princípio da proporcionalidade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001.

STOBER, Rolf; KLUTH, Winfried. Verwaltungsrecht I. Ein Studienbuch. München: Beck, 2007.

STORR, Stefan; SCHRÖDER, Rainer. Allgemeines Verwaltungsrecht. Stuttgart: Kohlhammer, 2010.

SUCKOW, Horst; WEIDEMANN, Holger. Allgemeines Verwaltungsrecht und Verwaltungsrechtsschutz: Grundriss für die Aus- und Fortbildung. 16ª ed. Stuttgart: Dt. Gemeindeverl, 2014.

SUNDFELD, Carlos Ari. Ato administrativo inválido. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1990.

TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

THIEL, Markus. Polizei- und Ordnungsrecht. 3ª ed. Baden-Baden: Nomos, 2016.

TÖLLE, Oliver. Versammlungsrecht. In: PEWESTORF, Adrian; SÖLLNER, Sebastian; TÖLLE, Oliver (org.). Polizei und Ordnungsrecht. Kommentar. 2a ed. Köln: Carl Heymanns. P. 644-711, 2017.

TSCHENTSCHER, Axel. Versammlungsfreiheit und Eventkultur – Unterhaltungsveranstaltungen im Schutzbereich des Art. 8 I GG. Neue Zeitschrift für Verwaltungsrecht. Ano 2001. P. 1243-1236, 2001.

WALLERATH, Maximilian. Allgemeines Verwaltungsrecht: Lehrbuch. Berlin: Schmidt, 2009.

WIENBRACKE, Mike. Allgemeines Verwaltungsrecht: [mit Online-Wissens-Check]. 4ª ed. Heidelberg: Müller, 2015.

ZANCANER, Weida. Da convalidação e da invalidação dos atos administrativos. Coleção Temas de Direito Administrativo 1. 2ª ed. São Paulo: Malheiros, 1996.

Downloads

Publicado

31-08-2017

Como Citar

Martins, L. (2017). Direito fundamental à liberdade de reunião e controle de constitucionalidade de leis penais e de sua interpretação e aplicação: contribuição para o direito de reunião como sub-ramo autônomo do direito administrativo. Espaço Jurídico Journal of Law [EJJL], 18(2), 433–490. https://doi.org/10.18593/ejjl.13301

Edição

Seção

Direitos Fundamentais Civis