A HERMENÊUTICA AMBIENTAL E A RESPONSABILIZAÇÃO PELO DANO MORAL AMBIENTAL OBJETIVO / THE ENVIRONMENTAL INTERPRETATION AND THE RESPONSABILITY FOR THE MORAL OBJECTIVE ENVIRONMENTAL DAMAGE
DOI :
https://doi.org/10.18593/ejjl.v16i2.4034Résumé
Resumo: O princípio da responsabilidade impõe um imperativo moral, no sentido de que se deve agir de modo que os direitos estabelecidos sejam compatíveis com a permanência de uma autêntica vida humana na Terra. É com a intenção de atar firmemente a efetiva responsabilização pelo dano ambiental ao imperativo moral em seu viés preventivo e repressivo que este trabalho se põe em marcha. Os modos de vida humanos individuais e coletivos das sociedades ocidentais evoluem no sentido de uma progressiva deterioração do meio ambiente. É a relação da subjetividade com sua exterioridade que se encontra comprometida. Se não houver uma rearticulação dos três registros fundamentais da ecologia – subjetivo, social e ambiental –, podemos, infelizmente, pressagiar a escalada de todos os perigos que envolvem a sociedade atual. Em lugar da relação harmônica e sustentável com o meio ambiente, as sociedades de consumo introduziram a ideia da subjetividade que constrói o mundo que a circunda. A relação do sujeito com o mundo no qual se encontra deve ser sua principal preocupação. Para isso, torna-se imprescindível um envolvimento com a efetiva proteção do meio ambiente, caso se queira manter a vida na Terra para as presentes e futuras gerações. A implementação de uma hermenêutica jurídica eminentemente ambiental é o caminho jurídico para a efetiva proteção do chamado bem ambiental, considerando-se as especificidades do bem em comento. Na esteira dessa hermenêutica, o dano moral ambiental objetivo encontra respaldo, e o seu agente pode ser responsabilizado.
Palavras-chave: Hermenêutica ambiental. Risco ambiental. Dano moral ambiental objetivo.
Téléchargements
Références
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. 7ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
BECK, Ulrich. Risikogesellschaft. Auf dem Weg in eine andere Moderne. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1996.
CANOTILHO, José Joaquim Gomes; LEITE, José Rubens Morato. Direito Constitucional Ambiental Brasileiro. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
DE PIERRO, Bruno. Visões Múltiplas. In: Pesquisa Fapesp. São Paulo: Ed. Fapesp, Ed.210, agosto 2013.
DRAI, Raphael/HARICHAUX, Michele. Bioéthique et Droit. Paris: PUF, 1988.
DINIZ, Maria Helena. O estado atual do biodireito. 2ª ed. São Paulo: Ed. Saraiva, 2002;
FOUCAULT. Michel. Les Mots et Les Choses. Paris: Galimard. 2010.
GUATTARI, Félix. As Três Ecologias. 14ª Ed. Campinas: Ed. Papirus, 2003.
GUERRA FILHO, Willis Santiago. Processo Constitucional e Direitos Fundamentais. 6ª Ed. São Paulo: RCS Editora, 2009.
JONAS, Hans. O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização
tecnológica. Rio de Janeiro: Contraponto. Ed. PUC-RIO, 2006.
LEITE, José Rubens Morato/AYALA, Patryck de Araújo. Direito Ambiental na Sociedade do Risco. Rio de Janeiro: Ed. Forense Universitária, 2002.
LUHMANN, Niklas. Introdução à Teoria dos Sistemas. São Paulo: Vozes, 2007.
MORENO, José Luis Serrano. Ecología y Derecho, 2ª ed. Granada: Editorial Comares, 1992.
MÜLLER, Friedrich. Teoria Estruturante do Direito. 3ª Edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.
PADILHA, Norma Sueli. Fundamentos Constitucionais do Direito Ambiental Brasileiro. Rio de Janeiro: Elsevier Editora, 2010.
RICOEUR, Paul. Le conflit des interprétations. Paris: Éditions Points, 2013.
SANTOS, Boaventura de Souza. Semear outras soluções. Rio de Janeiro: Editora
Civilização Brasileira, 2005.
STRAUS, Leo. História da Filosofia do Direito. Barueri, SP: Manole, 2005.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
DIREITOS AUTORAIS: Autores mantêm os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial neste periódico.
CONTRATOS ADICIONAIS E DISTRIBUIÇÃO. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
DIREITOS DE REUTILIZAÇÃO: A Revista Espaço Jurídico adota a Licença Creative Commons, CC BY-NC (atribuição não comercial) conforme a Política de Acesso Aberto ao conhecimento adotado pelo Portal de Periódicos da Unoesc.
Com essa licença é permitido acessar, baixar (download), copiar, imprimir, compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos, desde que para uso não comercial e com a citação da fonte, conferindo os devidos créditos de autoria e menção à Revista Espaço Jurídico. Assim, nenhuma permissão prévia será necessária por parte de autores ou editores da EJJL.