TRATAMENTO DE DOR CRÔNICA EM IDOSOS: UMA ANÁLISE DAS ABORDAGENS TERAPÊUTICAS PREFERIDAS
Resumo
Introdução: A dor crônica é uma condição prevalente, afetando cerca de 1,9 bilhão de pessoas globalmente, e é uma das principais causas de incapacidade, especialmente em idosos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar os modelos de tratamento da dor crônica adotados por idosos em uma instituição de ensino superior em Chapecó, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes. Método: A pesquisa foi um estudo observacional de corte transversal, aprovado pelo comitê de ética da Universidade do Oeste de Santa Catarina (CAAE N° 72538523.4.0000.5367), com uma amostra de conveniência de 42 participantes entre 59 e 82 anos. Os dados foram coletados por meio de questionários abordando fatores sociodemográficos, crenças, experiências anteriores e escolhas de tratamentos para dor crônica. Os dados foram organizados e analisados utilizando o Microsoft Excel® e o SPSS® 21.0. Variáveis categóricas foram descritas em termos absolutos, porcentagens e frequências, enquanto variáveis numéricas foram analisadas com média, desvio padrão e intervalos de confiança. Testes de Qui-quadrado, correlação de Spearman e regressão linear múltipla foram usados para investigar associações entre variáveis independentes e a escolha do modelo de tratamento. Resultados: Os resultados indicaram que a amostra era majoritariamente feminina (81%), com média de idade de 68,69 anos. Em relação aos modelos de tratamento, 59,52% dos participantes escolheram tratamentos medicamentosos, 11,9% optaram por uma combinação de medicamentos e fisioterapia, e 4,76% preferiram uma abordagem multidisciplinar envolvendo medicamentos, fisioterapia e outros profissionais de saúde. A recomendação profissional foi citada como o principal motivo para a escolha do tratamento (38,10%), seguida pela eficácia percebida (14,29%) e preferência por abordagens não farmacológicas (7,14%). A análise de correlação não encontrou significância estatística entre gênero e a escolha do modelo de tratamento (ρ = 0,108; p = 0,441). Conclusão: Os resultados sugerem que os idosos tendem a favorecer abordagens medicamentosas, e que a recomendação profissional desempenha um papel crucial na escolha do tratamento. Conclui-se que é necessário desenvolver estratégias individualizadas que integrem tanto intervenções farmacológicas quanto não farmacológicas, considerando as comorbidades e necessidades dos idosos para otimizar o manejo da dor crônica.