PANDEMIA DA COVID-19 E SINTOMAS DEPRESSIVOS NA POPULAÇÃO IDOSA.

Autores

  • Taira de Cristo UNOESC
  • Ana Tais Zimmermann
  • Lediane Paula Trissoldi
  • Sirlei Cetolin

Resumo

Introdução: A pandemia do Coronavírus, mostrou-se fator potencializador do
desenvolvimento e agravo de doenças mentais. Especialmente, para a população
idosa, considerada grupo de risco, que se viu obrigada a manter-se fora do
convívio social e do contato com ambientes externos. Objetivo: Identificar a
sintomatologia depressiva em pessoas idosas de um município de abrangência da
Região de Saúde do Extremo Oeste de Santa Catarina no período da
Pandemia/Covid-19. Método: Foi feito um estudo transversal, de natureza
quantitativa e descritiva, com pessoas de 60 anos ou mais. Para a coleta dos dados
foi aplicada a Escala de Depressão Geriátrica – EDG, instrumento validado no Brasil,
constituído por perguntas fáceis de serem entendidas com pequena variação nas
possibilidades de respostas (sim/não). O instrumento foi aplicado por Agentes
Comunitários da Saúde (ACS), quando realizavam visitas domiciliares no decorrer
do ano de 2021, no contexto da Pandemia da Covid-19. O projeto de pesquisa foi
submetido e aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição
proponente. Resultados: Participaram do estudo 2516 pessoas idosas. Dentre os
participantes, 7,8% dos homens e 6,4 das mulheres relataram não estar satisfeitos
com a vida no momento da pandemia; 35,3% relataram ter diminuído a maior
parte de suas atividades e interesses; 14,4% sentia a vida vazia naquele momento;
23,3% manifestou aborrecer-se com frequência; 11,7% das mulheres e 12,1% dos
homens informou não se sentir bem com a vida na maior parte do tempo e dentre
os 16,2% teme que algo ruim possa acontecer; 37,6% disse não se sentir feliz na
maior parte do tempo; 7,5% sentia-se desamparado; 13,4% achou que tem mais
problemas de memória e 23,5% referiu que tem muita gente vivendo em situação
melhor. Conclusão: Nos resultados obtidos, pode-se perceber que, apesar de haver
um percentual significativo de respostas que indiquem medos, desamparo e
tristeza, fica subentendido que a maior porcentagem indica satisfação e
esperança de melhoras perante a própria vida. Aponta-se para a necessidade de cuidado para que, no pós-pandemia, a população idosa de fato, possa retornar
ao convívio social, com atividades prazerosas, de lazer e desenvolvimento de suas
capacidades. É importante ressaltar que, com acompanhamento profissional
adequado e de membros da família, os idosos podem ter uma ótima qualidade de
vida, com autonomia, liberdade e uma boa saúde, tanto física, quanto mental.
Sendo a última o foco desse artigo, busca-se apontar para a essencialidade do
acolhimento psicológico dos idosos, atentando-se às suas questões pessoais, que
circundam essa fase da vida e o contexto em que são imersos. Os resultados
obtidos demonstram que, a sintomatologia depressiva impõe necessidade de
cuidado, amparo e reintegração no âmbito social no período pós pandemia da
COVID-19. Com destaque para atuação de equipes multidisciplinares em especial
na Atenção Primária em Saúde.
Palavras-chave: Saúde do Idoso; Atenção Primária a Saúde; Saúde Mental.
Contato: Taira de Cristo, decristotaira@gmail.com
Agradecimentos: A autora Taira de Cristo agradece ao Programa de Bolsas Universitárias do
Pibic/CNPq pela concessão de bolsa de iniciação científica no ano de 2021/2022. 

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Publicado

10-11-2022

Como Citar

de Cristo, T., Zimmermann, A. T., Trissoldi, L. P., & Cetolin, S. (2022). PANDEMIA DA COVID-19 E SINTOMAS DEPRESSIVOS NA POPULAÇÃO IDOSA. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e31293. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/31293

Edição

Seção

PIBIC - CNPq