INFLUÊNCIA DE DIFERENTES FITOHORMÔNIOS NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE MUDAS DE Eucalyptus dunnii Maiden E Eucalyptus badjensis Beuzev & Welch
Resumo
O gênero Eucalyptus possui grande potencial na região Sul do Brasil, em razão da diversidade de usos e empregos que ele pode oferecer. As espécies apresentam fácil propagação via semente, entretanto, apesar dessa facilidade, características superiores de indivíduos selecionados somente poderão ser mantidas por meio da propagação vegetativa, que possibilitará o aumento da produtividade e gerará madeira de qualidade para atender a um mercado cada vez mais exigente. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes fitohormônios na produção de mudas de Eucalyptus dunnii e Eucalyptus badjensis via propagação vegetativa por miniestaquia. Nesse experimento, utilizou-se aplicação de ácido indolbutírico (AIB) e ácido indolacético (AIA), e fitohormônios naturais obtidos por meio de extrato aquoso de tiririca (Cyperus rotundus) e violeta (Saintpaulia ionantha). Para avaliar o potencial de enraizamento dessas espécies, foram usadas as seguintes concentrações: 0; 2.000; 4.000; 6.000 e 8.000 mg L-1. Neste experimento, utilizou-se o delineamento de blocos casualisados, em esquema fatorial com dois fatores (primeiro fitohormônio e segundo diferentes doses). Após 100 dias de permanência das miniestacas no substrato, avaliou-se a sobrevivência, a altura, o diâmetro, a massa seca da parte aérea, a massa seca do sistema radicial, a massa seca total e a relação h/d. De acordo com os resultados obtidos, observou-se que não houve interação significativa entre as concentrações e os fitohormônios utilizados para os parâmetros avaliados nas duas espécies de Eucalyptus. Da mesma forma, o fator concentração não apresentou diferença significativa nas avaliações efetuadas nessas espécies. Em relação aos fitohormônios utilizados, estes responderam de forma diferente para cada espécie. Para E. dunnii, AIA promoveu maior sobrevivência de estacas, no entanto, nos parâmetros morfológicos avaliados, não foram constatadas diferenças significativas entre os tratamentos. Entretanto, para E. badjensis, os maiores valores de sobrevivência, como para os parâmetros morfológicos, foram observados no tratamento com violeta (S. ionantha). A partir dos dados obtidos nesse experimento, sugerem-se maiores estudos a fim de comprovar sua real eficiência em ambas as espécies.
Palavras-chave: Mudas florestais. Miniestaquia. Fitohormônios.