RESPOSTA DO pH DO SOLO APÓS APLICAÇÃO DE DIFERENTES DOSAGENS DE CINZA DE BIOMASSA FLORESTAL
Resumo
A utilização de cinza de biomassa vegetal já provém de muitos anos atrás, quando os agricultores queimavam os restos culturais, utilizando a cinza que restava como fonte de minerais. Alguns estudos indicam que o pH do solo pode variar muito de acordo com o que foi aplicado sobre o solo, ou com o tempo que esse solo não recebe nenhuma fonte de nutrientes ou calagem. Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito da cinza de biomassa florestal sobre o pH do solo. O experimento foi realizado no Município de Xanxerê, SC, em casa de vegetação em laboratório. O solo utilizado foi Latossolo Vermelho, no qual foram realizados sete tratamentos (doses) com cinco repetições em um delineamento inteiramente casualizado. Os tratamentos foram: T0 = testemunha; T1 = 5 t ha-1 de cinza; T2 = 10 t ha-1 de cinza; T3 = 20 t ha-1 de cinza; T4 = 40 t ha-1 de cinza; T5 = 60 t ha-1 de cinza; e T6 = 80 t ha-1 de cinza. Realizou-se a incubação do sol em um período de 120 dias (março a junho de 2015), e nesse período foram realizadas três coletas de solo para análises de pH em água. Observou-se nas duas primeiras coletas que houve um aumento significativo do pH do solo após a aplicação da cinza à medida que se aumentavam as dosagens, visto que quanto maior a dosagem, maior o pH. Com o passar do tempo, os valores foram diminuindo, e na última coleta, aos 120 dias, apenas T5 e T6 estavam com valores de pH maiores do que os da testemunha. O aumento do pH logo após a aplicação da cinza é resultado de suas propriedades químicas compostas na cinza, obtendo, assim, resultados positivos com o seu uso. A queda no pH após 120 dias pode ser resultado da decomposição da matéria orgânica do solo, acidificando o solo nesse período.
Palavras-chave: Incubação de cinza. Resíduo de queima. Produto secundário.