INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE PACIENTES E EDUCANDOS COM SÍNDROME DE DOWN EM IDADE ENTRE 8 E 23 ANOS
Resumo
As pessoas com Síndrome de Down são caracterizadas pela presença de um cromossomo a mais no par número 21, acarretando em alterações no organismo. A revisão de literatura mostrou que, além de modificações no desenvolvimento motor, físico e intelectual, essa população apresenta alterações na composição corporal. O presente estudo teve por objetivo analisar indicadores antropométricos dos educandos e pacientes com Síndrome de Down do Centro de Atividades Psicofísicas Patrick (CAPP), de Chapecó, SC, e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), de Ametista do Sul, RS. Para tanto, foram utilizados como instrumentos uma balança com resolução digital da marca Filizola, um estadiômetro Cescorf com resolução de 0,1 cm, uma fita antropométrica Cardiomed com resolução de 1,0 mm e uma anamnese breve sobre hábitos alimentares e de atividade física. Foi utilizado o protocolo ISAK para as medidas antropométricas. No total foram avaliados 27 participantes de ambos os sexos com idades entre 8 e 23 anos (masculino n=16, feminino n=11). Como variáveis do estudo foram coletados dados de peso e altura, circunferências da cintura e quadril, e calculados os Índices de Massa Corporal (IMC) e da Relação Cintura/Quadril (RCQ). Durante a análise de dados, foi aplicada a estatística descritiva por meio de frequências absolutas e relativas, para o grupo divido por sexo, categorias de idade e as perguntas da anamnese. Além disso, foram adotados valores de referência da população em geral já que tabelas específicas não foram encontradas. O resultado principal mostrou que o grupo feminino apresentou para o IMC uma média de 31,08 (dp=0,43), superior em relação ao grupo masculino (m=26,90, dp=7,17). Para o índice RCQ não foram encontradas diferenças nas médias, apenas uma pequena diferença no desvio padrão (masculino m=0,92 dp=0,07, feminino m=0,92 dp=0,05). Além disso, a classificação do estado nutricional mostrou que o grupo masculino possui 68% de obesos, enquanto o grupo feminino possui 91% de obesas. Ao final da pesquisa, foi possível atender o objetivo por meio da classificação da amostra como um grupo de risco com baixos índices de saúde. E, ainda, aponta-se necessária a intervenção de um profissional de Educação Física, bem como de um nutricionista, para o incremento da qualidade de vida da amostra, entendendo-se que mediante exercícios físicos e uma alimentação saudável será favorecido o bem-estar desses indivíduos.
Palavras-chave: Síndrome de Down. Antropometria. IMC. RCQ, Educação Física.