POLIMEDICAÇÃO E PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO EM IDOSOS PARTICIPANTES DA UNIVERSIDADE DA MELHOR IDADE
Resumo
Introdução: O processo crescente de envelhecimento no Brasil vem repercutindo sobre os serviços de assistência em saúde, onde as práticas assistenciais voltam-se para a atenção aos idosos. O desenvolvimento de doenças crônicas nessa população é comum, e a farmacoterapia constitui a principal modalidade de tratamento, o que exige monitoramento, principalmente pela possibilidade de aumento nas interações medicamentosas, iatrogenias e reações adversas.
Objetivo: Avaliar o perfil farmacoterapêutico em idosos participantes da Universidade da Melhor Idade, e detectar o índice de polimedicação entre os idosos.
Metodologia: Realizou um estudo descritivo, de corte transversal e abordagem quantitativa. Foram incluídos na amostra indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, que participaram das atividades da Universidade da Melhor Idade, na Unoesc Chapecó/SC em 2023. Foram excluídos do estudo os idosos que não aceitaram participar, os que possuíam doenças neurodegenerativas ou eventuais transtornos que os impossibilitasse de participar da entrevista. O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado sobre uso de medicamentos, adaptado de Morais (2007). Anteriormente a coleta de dados, os idosos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Unoesc, sob o número 6.429.152. Para elaboração do banco de dados foi utilizado o Microsoft Excel®. Para a análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva (média e desvio padrão) e a distribuição de frequências.
Resultados: Dos 52 idosos participantes da pesquisa, 11 (21,15%) foram do sexo masculino, com idade média de 71,27 e 41 (78,85%) foram do sexo feminino, com idade média de 67,56. Em relação uso de medicamentos, verificou-se que 17 (32,7%) idosos eram polimedicados, ou seja, utilizavam mais do que cinco tipos diferentes de medicamentos diariamente. Os medicamentos mais utilizados pelos idosos foram para o tratamento de doenças do sistema cardiovascular, como diuréticos e anti-hipertensivos, antiarrítmicos; trato alimentar e metabolismo, como inibidores da bomba de prótons; e para o sistema nervoso central, como antidepressivos e ansiolíticos.
Conclusão: Detectou um índice expressivo de polimedicação entre os idosos. Os medicamentos utilizados são comuns ao tratamento de doenças crônicas, porém, requerem acompanhamento farmacoterapêutico e monitoramento das possíveis interações e reações adversas na população estudada.