ESTUDO DE CASO: ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO A PARTIR DO MÉTODO DÁDER
Resumo
Introdução: A cefaleia é comumente conhecida como dor de cabeça, caracterizada por dor ou desconforto que podem variar em intensidade, localização e duração. A cefaleia pode ser classificada em primária (enxaquecas e cefaleia tensional) e secundárias (sintomas de outras condições, como infecções e traumatismos). O tratamento não farmacológico adequado para a cefaleia envolve a identificação do tipo de cefaleia, avaliação dos fatores desencadeantes, terapia preventiva e mudanças no estilo de vida. Já o tratamento farmacológico envolve a utilização de medicamentos analgésicos. O Método Dáder é uma abordagem terapêutica utilizada em farmácia clínica que se fundamenta no conhecimento do histórico clínico do paciente e acompanhamento farmacoterapêutico. O processo envolve etapas como a coleta de informações sobre o paciente, avaliação da farmacoterapia, identificação de problemas, intervenção junto ao paciente ou equipe de saúde, e monitoramento contínuo. O método Dáder é amplamente reconhecido por melhorar a qualidade da atenção farmacêutica, promovendo o uso racional de medicamentos e a adesão ao tratamento. Objetivo: Realizar acompanhamento farmacoterapêutico através do método Dáder em uma paciente com diagnóstico de enxaqueca. Método: O acompanhamento farmacoterapêutico foi realizado no período de março até junho de 2023, durante o componente curricular de Estágio Supervisionado I. Inicialmente foi realizada a entrevista utilizando o método Dáder com o objetivo de obter todas as informações relevantes do histórico clínico da paciente. Posteriormente foi realizada a redação do caso, estudo dos sinais e sintomas, e medicações utilizadas. O objetivo principal desta etapa de estudo foi identificar possíveis reações adversas, interações medicamentosas. Após o estudo, confeccionou-se um material de intervenção com o objetivo de atender as demandas da paciente. Em seguida, realizou-se retorno ao paciente em relação ao seu caso clínico e intervenção. Resultados: Através do estudo do caso e das medicações utilizadas pela paciente não foram identificadas interações medicamentosas. Entretanto, observou-se que a paciente frequentemente realizava automedicação, e não conhecia os riscos da utilização irracional dos medicamentos. Neste sentido, a intervenção realizada foi a orientação para o uso racional dos medicamentos e adoção de práticas que poderiam ser utilizadas como tratamento não-farmacológico para a cefaleia. Conclusão: A partir do método Dáder foi possível identificar o consumo de medicamentos sem orientação de profissional habilitado. Além disso, foi possível estabelecer orientações para a melhora da qualidade de vida da paciente, visando a redução do consumo de medicamentos.