OCORRÊNCIA E ANÁLISE FILOGENÉTICA DE PARVOVÍRUS SUÍNO (PPV1) NO BRASIL

Autores

  • Geórgia Capelina Cousseau Medicina Veterinária, Unoesc, Xanxerê, SC
  • Kauane Bison Peroza
  • Júlia Parenti de Souza
  • Keila Catarina Prior
  • Danielle Gava
  • Simone Silveira

Resumo

Introdução: O Parvovírus Suíno (PPV1) é um vírus pertencente à família Parvoviridae, causador de problemas
reprodutivos em fêmeas prenhes, como morte embrionária, fetos mumificados e natimortos, resultando em
diminuição das leitegadas. O genoma do PPV é constituído por uma fita simples de DNA que apresenta 5.075
nucleotídeos. As proteínas VP1/VP2 estão associadas com a indução de anticorpos neutralizantes e pequenas
diferenças podem determinar o tropismo por diferentes tecidos e hospedeiros. O vírus tem sido isolado em todo o
mundo e classificado em quatro subtipos (PPV1a-d). As vacinas existentes são inativadas e baseadas no subtipo
PPV-1c (NADL-2). Apesar de a vacinação ser aplicada amplamente no Brasil, o vírus ainda circula nos rebanhos,
causando problemas reprodutivos. Deste modo, conhecer a ocorrência e a diversidade genética dos PPV1s
circulantes no País, associadas com perdas reprodutivas, é importante a fim de reavaliar as medidas de controle da
doença. Objetivo: Este estudo avaliou a ocorrência e caracterizou geneticamente isolados de PPV1 em fetos
suínos mumificados, provenientes de granjas brasileiras, entre os anos de 2021-2024. Método: Um total de 356
amostras de fetos suínos mumificados ou natimortos, oriundos de granjas localizadas em diferentes estados
brasileiros foram avaliadas no estudo. Para detecção de PPV1, os pools de órgãos foram macerados, seguidos por
extração de DNA e PCR para detecção de um fragmento da NS1. Para o sequenciamento viral, foram utilizados 3
pares de primers que amplificam a região que codifica as proteínas VP1 e VP2 que formam o capsídeo viral. Os
produtos de PCR foram purificados, quantificados e sequenciados pelo método de Sanger. Para construção da
árvore filogenética as sequências foram alinhadas com sequências de referência dos quatros subtipos de PPV-1.
Resultados: Vinte e cinco amostras (7%) testaram positivas para PPV1. Destas amostras, apenas duas foram positivas
nas três PCRs e foram submetidas ao sequenciamento. As amostras sequenciadas parcialmente foram detectadas
em pools em leitões mumificados provenientes de uma granja localizada no meio-oeste catarinense no ano de
2021. Ambas as amostras apresentaram identidade de 99.9% entre elas e identidade de 99.5-99.6% com a cepa
chinesa BQ/CHN/2006 (EU790641.1) e a cepa Kresse (U44978.1). Dessa forma, as amostras foram classificadas como
PPV1d. Conclusão: O PPV circula na suinocultura brasileira, no entanto, em uma frequência baixa. O subtipo
sequenciado pertence à cepa virulenta Kresse. Possivelmente esta ocorrência esteja associada a falhas vacinais e
boas práticas de vacinação, uma vez que as vacinas disponíveis atualmente têm se mostrado efetivas frente ao
subtipo detectado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

06-11-2024

Como Citar

Capelina Cousseau, G., Peroza, K. B., Souza, J. P. de, Prior, K. C., Gava, D., & Silveira, S. (2024). OCORRÊNCIA E ANÁLISE FILOGENÉTICA DE PARVOVÍRUS SUÍNO (PPV1) NO BRASIL. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e35745. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/35745

Edição

Seção

Campus Xanxerê

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)