AVALIAÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE JOAÇABA/SC – UMA ANÁLISE NO CONTEXTO PÂNDÊMICO
Resumo
Introdução: A pandemia de SARS-CoV-2 gerou uma crise com consequências sem precedentes, repercutindo em diversos âmbitos da vida da população, tais como os econômicos, sociais, culturais, e principalmente, na saúde. Dentre estas implicações, soma-se a má nutrição infanto-juvenil que traz consigo inúmeros outros problemas, como defasagem no aprendizado e desenvolvimento psíquicos-cognitivos, bem como relações de má condição em saúde bucal. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar o impacto da pandemia da COVID-19 nas condições e hábitos alimentares e em saúde bucal, de escolares das escolas municipais de Joaçaba, Santa Catarina. . Método: Consiste em um estudo transversal que faz parte de um projeto do programa de pós-graduação em Biociências e Saúde denominado “Avaliação e promoção da saúde escolar no contexto pandêmico e pós-pandêmico”, que reuniu informações de saúde de escolares de escolas municipais de Joaçaba no período de julho de 2021 a julho de 2022. A coleta de dados foi realizada através de questionário sobre hábitos de vida e marcadores de saúde enviados aos responsáveis de cada escolar, além de medidas antropométricas e clínicas realizadas com os estudantes mediante visitas às escolas. O estado nutricional dos estudantes foi analisado pelos indicadores de índice de massa corporal de acordo com o sexo e a idade do estudante, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde, que estabelece pontos de corte para crianças até 5 anos e a partir de 6 ou mais, separadamente. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da Unoesc (parecer n° 9.941290). Resultados: Como resultado observou-se uma maior frequência de cárie em crianças entre 4 e 8 anos, quase 80% dos escolares que apresentaram a doença, sendo estes de escolas urbanas. Crianças com idade entre 4 e 5 anos foram as que manifestaram maior presença de cárie a maior probabilidade de sobrepeso e obesidade. Conclusão: Dessa forma, podemos concluímos que há uma certa carência de políticas públicas voltadas para a promoção de saúde e prevenção de doenças, principalmente direcionadas às crianças. Essas que por sua vez estão em uma fase significativa, onde podem ser incrementados hábitos saudáveis que perpetuam para dentro da vida adulta, melhorando assim sua qualidade de vida em um todo.