DADOS EPIDEMIOLÓGICOS SOBRE SÍFILIS NA TERCEIRA IDADE NO ESTADO DE SANTA CATARINA
PREVALÊNCIA E NEGLIGÊNCIA
Resumo
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relata que, em 2050, 30% da população brasileira será composta por idosos, o que é consequência da melhora na qualidade de vida e do aumento da longevidade. Ao mesmo tempo, há o prolongamento da vida sexual, mas, a maioria dos idosos tem resistência ao uso de preservativos. A sífilis é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo ser transmitida por relações sexuais desprotegidas, transfusão sanguínea e compartilhamento de agulhas. Objetivou-se relacionar o aumento dos casos de sífilis em Santa Cantarina com a ampliação do número de idosos. Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica no PubMed e em boletins epidemiológicos da Secretaria de Governo do Estado de Santa Cataria, considerando publicações de 2010 a 2019. Segundo a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira 2008, indivíduos entre 50 e 64 anos são os que menos confirmam o uso de preservativos. Esse fator vai ao encontro do aumento do número de casos de sífilis em idosos, que é comprovado também pela ampliação do uso de testes rápidos na Atenção Básica. Em Santa Catarina, em 2010 houve 106 casos de sífilis em indivíduos com mais de 50 anos e em 2017 foram 1665. Seguindo o padrão brasileiro, nos Estados Unidos, até 2012, houve um aumento de 43% na taxa de sífilis e clamídia entre idosos. Assim, ressalta-se a falta de políticas públicas de promoção no contexto da sífilis em idosos, que acaba aumentando a prevalência.
Palavras-chave: Treponema pallidum. Saúde sexual. Envelhecimento.