A legitimidade do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) frente aos demais Índices B3

Autores

  • Roberto Francisco de Souza PPGC - Programa de Pós - Graduação / Mestrado em Contabilidade
  • Adhmir Renan Voltolini Gomes PPGC - Programa de Pós - Graduação / Mestrado em Contabilidade
  • Samuel Lyncon Leandro de Lima PPGC - Programa de Pós - Graduação / Mestrado em Contabilidade
  • Gracielly Vieira dos Santos PPGC - Programa de Pós - Graduação / Mestrado em Contabilidade
  • Delci Grapegia Dal Vesco PPGC - Programa de Pós - Graduação / Mestrado em Contabilidade

DOI:

https://doi.org/10.18593/race.19572

Palavras-chave:

Teoria da legitimidade, Desempenho organizacional, ISE, Sustentabilidade

Resumo

O trabalho analisa a relação e a influência dos vários índices da Brasil, Bolsa, Balcão no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). A amostra foi selecionada por meio de séries e das variações diárias de cada índice entre 2 de janeiro de 2012 e 29 de dezembro de 2016, com 22.284 observações no total. Para analisar o retorno dos índices foram delimitadas as variações diárias de cada um, naquele período. Os resultados demonstraram que a relação do ISE com os demais índices é forte, positiva e estatisticamente significante. Portanto, esses resultados apontam que as empresas buscam se legitimar participando desse Índice, isto é, buscam incorporar cada vez mais estruturas isomórficas que refletem o ambiente institucional. E assim, a adoção do ISE pode ser apenas mais um rótulo. Com isso, questiona-se a legitimidade desse Índice, pois, se existe relação com todos os indicadores, basta às empresas se suprimirem às regras dos índices que são pertinentes aos seus interesses. As principais influências positivas no Índice de Sustentabilidade Empresarial foram estabelecidas pelos índices IGCT, IVBX, ICO2, IGCX e UTIL. Já os índices IFNC, IMOB, ICON e IBOV influenciam de forma negativa o ISE. Logo, a legitimidade proporcionada pelo ISE pode ser atrelada à composição dos demais índices.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Roberto Francisco de Souza, PPGC - Programa de Pós - Graduação / Mestrado em Contabilidade

Mestre em Contabilidade pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

Professor dos cursos de graduação em Ciências Contábeis e Administração no Centro Universitário Maurício de Nassau - Salvador (UNINASSAU)

Adhmir Renan Voltolini Gomes, PPGC - Programa de Pós - Graduação / Mestrado em Contabilidade

Mestre em Contabilidade pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Samuel Lyncon Leandro de Lima, PPGC - Programa de Pós - Graduação / Mestrado em Contabilidade

Mestre em Contabilidade pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Gracielly Vieira dos Santos, PPGC - Programa de Pós - Graduação / Mestrado em Contabilidade

Mestranda em Contabilidade pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Delci Grapegia Dal Vesco, PPGC - Programa de Pós - Graduação / Mestrado em Contabilidade

Doutora em Contabilidade e Administração pela Universidade Regional de Blumenau - FURB. Coordenadora e docente do Mestrado em Contabilidade e docente do Mestrado Profissional em Administração da Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE - Campus de Cascavel 

Referências

Agustia, D., Sawarjuwono, T., & Dianawati, W. (2019). The Mediating Effect of Environmental Management Accounting on Green Innovation-Firm Value Relationship. International Journal of Energy Economics and Policy, 9(2), 299-306.

Brandão, H. P., & Guimarães, T. D. A. (2001). Gestão de competências e gestão de desempenho: Tecnologias distintas ou instrumentos de um mesmo construto? Revista de Administração de Empresas, 41(1), 8-15.

Brasil, Bolsa, Balcão. (2017). Metodologia. Recuperado de https://www.isebvmf.com.br

Brasil, Bolsa, Balcão. (2019). Relate ou explique. Recuperado de

http://www.b3.com.br/pt_br/b3/sustentabilidade/nas-empresas/

Cristófalo, R. G., Akaki, A. S., Abe, T. C., Morano, R. S., & Miraglia, S. G. E. K. (2016). Sustentabilidade e o mercado financeiro: Estudo do desempenho de empresas que compõem o índice de sustentabilidade empresarial (ISE). REGE—Revista de Gestão, 23(4), 286-297.

Deliberal, J. P., Tondolo, V. A. G., Camargo, M. E., & Tondolo, R. D. R. P. (2016). Environmental management as a strategic capability: A study on the furniture manufacturing cluster of Southern Brazil. Brazilian Business Review, 13(4), 118-140.

Favaro, L. C., & Rover, S. (2014). Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE): A associação entre os indicadores econômico-financeiros e as empresas que compõem a carteira. Contabilometria, 1(1).

Fávero, L. P., Belfiore, P., Silva, F. D., & Chan, B. L. (2009). Análise de dados—Modelagem multivariada para tomada de decisões. Rio de Janeiro: Campus.

Fundação Getulio Vargas—Escola de Administração de Empresas de São Paulo. (2017). ISE BM&FBovespa. Recuperado de http://gvces.com.br/ise-bm-fbovespa

Furtado, L. L., Antonovz, T., Correa, M. D., Silva, O. A. D. P. da, & Panhoca, L. (2019). Relação entre Sustentabilidade e Inovação: Uma análise da legitimidade organizacional das empresas do setor elétrico brasileiro. Revista Catarinense da Ciência Contábil, 18, 1-16.

Gomes, A. R. V. (2018). Governança corporativa e seus determinantes: Um estudo com a qualidade da informação contábil, competitividade de mercado e risco não sistêmico (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel. Recuperado de http://tede.unioeste.br/handle/tede/3806

Guimarães, T. M., Peixoto, F. M., & Carvalho, L. (2017). Sustentabilidade empresarial e governança corporativa: Uma analise da relação do ISE da BM&FBOVESPA com a Compensação dos Gestores de Empresas Brasileiras. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, 11(2), 134-149.

Gujarati, D. N., & Porter, D. C. (2011). Econometria Básica. (5ª ed.). Poro Alegre: AMGH.

Hair, J. F., Jr., Babin, B., Money, A. H., & Samouel, P. (2005). Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman.

Hart, S. L., & Ahuja, G. (1996). Does it pay to be green? An empirical examination of the relationship between emission reduction and firm performance. Business strategy and the Environment, 5(1), 30-37.

Henri, J. F., & Journeault, M. (2010). Eco-control: The influence of management control systems on environmental and economic performance. Accounting, Organizations and Society, 35(1), 63-80.

Hermawan, A., Aisyah, I. S., Gunardi, A., & Putri, W. Y. (2018). Going green: Determinants of carbon emission disclosure in manufacturing companies in Indonesia. International Journal of Energy Economics and Policy, 8(1), 55-61.

Lima, S. L. L. (2018). Fatores que influenciam a probabilidade das práticas de disclosure de informações financeiras das empresas (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel. Recuperado de http://tede.unioeste.br/handle/tede/3665

Lima, S. L. L., Gomes, A. R. V., Priebe, A. C., Dall’Asta, D., & Mello, G. R. (2018). Competitividade, governança e relevância da informação contábil: Uma análise do mercado brasileiro versus o norte-americano. Revista de Contabilidade, Ciência da Gestão e Finanças, 6(1), 37-61.

Lindblom, C. K. (1994). The implications of organizational legitimacy for corporate social performance and disclosure. Paper presented a the Critical Perspectives on Accounting Conference, New York.

Macedo, F., Barbosa, H., Callegari, I., Monzoni, M., & Simonetti, R. (2012). O Valor do ISE: Principais estudos e a perspectiva dos investidores. São Paulo: BM&FBovespa.

Meyer, J. W., & Rowan, B. (1977). Institutionalized organizations: Formal structure as myth and ceremony. American Journal of Sociology, 83(2), 340-363.

Nascimento, S., Rocha, I., Kroenke, A., Silva, J. O., & Hein, N. (2012). Avaliação de desempenho organizacional: Ferramentas gerenciais utilizadas em pesquisas nacionais da área de engenharia. P&D em Engenharia de Produção, 10(1), 11-21.

O’Donovan, G. (2002). Environmental disclosures in the annual report: Extending the applicability and predictive power of legitimacy theory. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 15(3), 344-371. doi: 10.1108/09513570210435870

Oro, I. M., Balbinot, I. J., Thomé, D., & Lavarda, C. E. F. (2014). Relação do capital intelectual de natureza social e ambiental com o desempenho econômicofinanceiro do segmento de energia elétrica brasileiro. Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, 7, 59-75.

Parsons, T. (1956). Suggestions for a sociological approach to the theory of organizations-I. Administrative Science Quarterly, 1(1), 63-85.

Pascuotte, D. (2012). Efeito no preço e volume das ações das companhias ingressantes no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Revista de Finanças Aplicadas, 1, 13.

Sales, B., Rover, S., & Ferreira, J. S. (2018). Coerência na evidenciação das práticas ambientais das empresas listadas no índice de sustentabilidade empresarial (ISE). Revista Ambiente Contábil, 10(2), 1-22.

Silva, J. O. D., Rocha, I., Wienhage, P., & Rausch, R. B. (2009). Gestão ambiental: Uma análise da evidenciação das empresas que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Revista de Gestão Social e Ambiental, 3(3).

Sonnentag, S., & Frese, M. (2002). Performance concepts and performance theory. Psychological management of individual performance, 23(1), 3-25.

Suchman, M. C. (1995). Managing legitimacy: Strategic and institutional approaches. The academy of management review, 20(3), 571-600.

Venkatraman, N., & Ramanujam, V. (1986). Measurement of business performance in strategy research: A comparison of approaches. Academy of management review, 11(4), 801-814.

Downloads

Publicado

16-12-2019

Como Citar

de Souza, R. F., Gomes, A. R. V., Lima, S. L. L. de, Santos, G. V. dos ., & Dal Vesco, D. G. (2019). A legitimidade do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) frente aos demais Índices B3. RACE - Revista De Administração, Contabilidade E Economia, 18(3), 521–542. https://doi.org/10.18593/race.19572

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.