SER OU NÃO SER? A INFLUÊNCIA DA OPINIÃO DOS PAIS PARA O JOVEM AO ASSUMIR SUA IDENTIDADE HOMOAFETIVA
Resumo
A relação familiar e o apoio intrínseco e esperado desta é algo que reflete no comportamento e sentimento do indivíduo. A família é, para muitos, as pessoas mais importantes de seu convívio, e seu apoio é sempre desejado, especialmente quando se trata de buscar a aceitação de sua orientação afetiva. Quando este suporte é negado ou rejeitado, pode causar grande impacto emocional, e em alguns casos, ainda, causar a negação da própria identidade. Este artigo abordará questões sobre a influência da opinião dos pais para o jovem ao assumir sua identidade homoafetiva. Com o intuito de compreensão desta influência, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com quatro jovens homoafetivos do gênero masculino, com idade de 20 e 21 anos, residentes em municípios da região oeste do Estado de Santa Catarina, e analisadas através da análise de conteúdo de Bardin. A partir disso, torna-se compreensível que é complexo para os jovens se perceberem homoafetivos e que fogem a regra da heteronormatividade, onde ser heteroafetivo é normal e correto, e que a opinião dos pais é de extrema relevância e tem grande influência para seu desenvolvimento. Sentem receio da reação dos pais e principalmente medo de rejeição, de que um possível afastamento possa ser ocasionado pela não aceitação.
Palavras-chave: Homoafetividade. Aceitação. Homofobia familiar. Jovem homoafetivo.