OLHARES SOBRE A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM: (CONTRA)PONTOS
Resumo
A linguística, grosso modo, é o estudo científico da linguagem verbal humana. Ela, como hoje é concebida, aborda todas as modalidades de apreciação de fenômenos da língua(gem). Dentre esses fenômenos, tem-se a aquisição da linguagem. Essa capacidade humana de expressão e de interação sócio-verbal sempre provocou e inquietou estudiosos e pesquisadores da linguagem, assim como, notadamente, da cognição humana. Desse modo, neste trabalho se visou proporcionar uma visão panorâmica a respeito das principais abordagens de aquisição da linguagem (behaviorismo, gerativismo, construtivismo, interacionismo, conexionismo), com foco na noção de linguagem para cada teoria, bem como no processo de aquisição. A respeito da metodologia, o trabalho foi, quanto aos objetivos e às fontes de informações, uma pesquisa bibliográfico-exploratória, sendo a documentação indireta o principal instrumento de coleta de dados. O suporte teórico-epistemológico de estudo contou, entre outros, com autores como Skinner (1978), Chomsky (1988), Piaget (1959), Vygotsky (1987), Scarpa (2004), Mello (2005), Finger e Quadros (2008) e Pinker (2002). Por apreciação crítico-reflexiva desse estudo, infere-se que, das convergentes vias que levam à explanação da aquisição da linguagem, em certos pontos, encruzilham-se, divergem: umas consideram apenas a natureza (o inato), outras a criação (o ambiente) como determinantes na aquisição. Por conseguinte, fizeram-se necessários o concebimento e o discernimento das abordagens elementares que explicam a aquisição da linguagem, bem como a clareza de que uma não é melhor que a outra. Ambas elucidam um mesmo fenômeno, todavia de uma diferente perspectiva. Ademais, que está se chegando a uma síntese dessas teses e antíteses na área. Ou seja, acredita-se que tanto o inato quanto o adquirido, isto é, sua interação, são fatores cruciais na aquisição da linguagem.
Palavras-chave: Linguística. Teorias. Aquisição da Linguagem.