AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA ÁGUA DO RIO DO PEIXE NA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE VIDEIRA, SC
Resumo
O Rio do Peixe é um dos importantes contribuintes para a região Oeste do Estado de Santa Catarina, conhecida como Vale do Rio do Peixe. Ele destaca-se como manancial de abastecimento público, industrial e para a agricultura da região. O Rio do Peixe é o principal manancial de água da cidade de Videira. Em razão do mau planejamento urbanístico das cidades, verifica-se um declínio da qualidade e da quantidade do rio. A falta de saneamento básico, o uso inadequado de defensivos agrícolas, o assoreamento, o lançamento de efluentes industriais e animais, o desmatamento e as enxurradas são fatores que contribuem para a diminuição da qualidade da água, dificultando o seu tratamento com o passar dos anos. Diante disso, torna-se indispensável a realização de estudos envolvendo o monitoramento da qualidade dos cursos d’água e mananciais, visando analisar as características desse recurso de fundamental importância para o desenvolvimento econômico, social e humano das pessoas que fazem parte da cidade de Videira e região. Com a presente pesquisa, objetivou-se determinar o Índice de Qualidade da Água (IQA) do Rio do Peixe em quatro pontos distintos localizados na zona urbana do Município de Videira, SC, tendo como embasamento a Resolução do Conama n. 357 (BRASIL, 2005), de 13 de maio de 2011, e a Portaria n. 2.914 (BRASIL, 2011), de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde. O trecho do rio monitorado corresponde a aproximadamente 4,5 km. Um ponto está localizado a montante do ponto de capitação da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento de Videira (Casan) e os outros três localizam-se a jusante. O Rio do Peixe, de acordo com a Legislação Ambiental do Estado de Santa Catarina, Portaria n. 6024/79, está enquadrado na classe II de água doce, a qual se destina ao abastecimento doméstico após tratamento convencional, à proteção de comunidades aquáticas, à recreação de contato primário, à irrigação de frutas e hortaliças consumidas cruas e à aquicultura. Os valores de IQA nos pontos 1, 2, 3 e 4 em todas as coletas realizadas obtiveram valores entre 32 e 50. Considerando a determinação do IQA em média final apresentando-se entre a faixa de ponderação 25 < IQA ≤ 50, aponta-se que a qualidade da água é classificada como ruim nos quatro pontos estudados. No geral, a maioria dos parâmetros ficou dentro dos limites tanto da Resolução quanto da Portaria. As exceções foram Coliformes Termotolerantes, DBO5, 20, Fósforo Total e Turbidez. Portanto, sugere-se um programa de monitoramento e fiscalização das encostas e pontos de coleta, visando à orientação e à eficácia na regulamentação do lançamento de dejetos e efluentes nos corpos d’água.
Palavras-chave: Rio do Peixe. Monitoramento. Índice de qualidade da água.