EFEITO PROFILÁTICO DO ÁCIDO GÁLICO E DODECIL GALATO NA HEPATOTOXICIDADE AGUDA CAUSADA PELO TETRACLORETO DE CARBONO EM RATOS

Autores

  • Camila Perondi
  • Marlene Raimunda Andreola Perazzoli
  • Claudriana Locatelli UNOESC

Resumo

O fígado é um órgão vital na detoxificação de xenobióticos, a exposição excessiva a drogas e poluentes ambientais pode desestabilizar as defesas hepáticas e levar ao desenvolvimento de doenças graves, como a fibrose e a cirrose. Alguns produtos naturais têm sido estudados e mostram-se eficazes no tratamento de lesão hepática induzida por substâncias químicas. O ácido gálico (GA) e seus derivados apresentam importantes efeitos terapêuticos, além de ser antibacteriano, antitumoral e antioxidante. Diante dessas características, o uso do ácido gálico e dodecil galato (DGA) no tratamento da lesão hepática induzida por tetracloreto de carbono pode ser eficaz. Com este trabalho, objetivou-se avaliar a atividade hepatoprotetora do GA e DGA contra a hepatotoxicidade induzida por tetracloreto de carbono (CCl4) em ratos, verificar a integridade hepática por meio das enzimas ALT, AST e gGT e avaliar o efeito protetor do GA e DGA contra o estresse oxidativo induzido pelo CCl4 em ratos mediante a determinação dos níveis de peroxidação lipídica e a determinação de glutationa e da atividade das enzimas antioxidantes (CAT, GR e GST). Ratos Wistar (180 a 200 g) foram divididos em quatro grupos experimentais com seis animas cada. A lesão hepática foi induzida pela injeção intraperitoneal de tetracloreto de carbono 30% (3 ml/Kg diluído em azeite de oliva) no oitavo dia após a administração do tratamento com GA ou DGA (100 mg/Kg/dia). A atividade hepatoprotetora foi avaliada pela determinação dos marcadores hepáticos ALT, AST, gGT e bilirrubina total (BT). O perfil oxidativo foi avaliado pela determinação das enzimas antioxidantes catalase (CAT), glutationa redutase (GR) e glutationa-S-transferase (GST) e pelo nível de lipoperoxidação (TBARS) e de glutationa reduzida (GSH) no tecido hepático. Os resultados mostraram-se promissores, visto que ambos os tratamentos promoveram uma redução de aproximadamente 40% nos valores de BT e de ALT e AST. Ambos os tratamentos também se mostram efetivos na redução do estresse oxidativo, reduzindo em aproximadamente 24% os níveis de lipoperoxidação promovida pelo CCl4 e aumentando os valores de GSH em 80%. O tratamento com DGA aumentou a atividade da GST (~45%) e de GR (~181%), enquanto o GA aumentou somente a atividade da CAT (~25%). Esses resultados indicam que o GA e DGA modulam a atividade oxidativa, protegendo o fígado contra a injúria oxidativa induzida pelo CCl4, evitando, assim, o desenvolvimento da fibrose hepática. Os resultados demonstraram que a administração de GA e DGA é capaz de prevenir a lesão hepática oxidativa produzida pelo CCl4, no entanto, estudos moleculares ainda são necessários para comprovar o mecanismo de ação desse efeito hepatoprotetor.

Palavras-chave: Tetracloreto de carbono. Ácido gálico. Atividade antioxidante. Função hepática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Claudriana Locatelli, UNOESC

Prof. Dr. UNOESC Capus Videira do Curso de Farmácia

Downloads

Publicado

08-09-2015

Como Citar

Perondi, C., Andreola Perazzoli, M. R., & Locatelli, C. (2015). EFEITO PROFILÁTICO DO ÁCIDO GÁLICO E DODECIL GALATO NA HEPATOTOXICIDADE AGUDA CAUSADA PELO TETRACLORETO DE CARBONO EM RATOS. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE). Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/7921

Edição

Seção

PIBIC - CNPq

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

> >>