DESEMPENHO REPRODUTIVO DE FÊMEAS SUÍNAS INSEMINADAS EM PROTOCOLO EM TEMPO FIXO (IATF)
Resumo
Naturalmente o momento da ovulação (MO) das matrizes suínas não pode ser previsto, exigindo múltiplas inseminações artificiais (IAs) em cada estro para alcançar bom desempenho reprodutivo. Protocolos de inseminação artificial em tempo fixo (IATF), com indução/sincronização hormonal da ovulação, permitiriam utilizar uma única dose inseminante/estro, otimizando o uso de machos de alto valor genético e reduzindo a mão de obra. Este estudo teve como objetivo realizar a técnica IATF em fêmeas suínas em diferentes protocolos de indução hormonal da ovulação comparando com a técnica de inseminação tradicional. Os grupos foram constituídos por fêmeas desmamadas; o monitoramento dos animais iniciou imediatamente após o desmame. Foram alocadas 200 matrizes em cada grupo e monitorado o início do estro e o momento da ovulação, por meio da ultrassonografia transcutânea, após a aplicação do hormônio. Os tratamentos formam T1-Controle, T2- Acetato de Gonadorelina (Gestran®) 0,05 mg e T3-Hormônio Luteinizante suíno (Lutropin®) 5 mg. As matrizes desmamadas foram selecionadas em ordem de parto de 1 a 6, intervalo desmame-estro de 2 a 6 dias e foram submetidas ao manejo de indução do estro com macho uma vez ao dia. No momento do início do estro (considerada hora 0), foram aplicados os hormônios. A inseminação pós-cervical (IAPC) foi realizada 24h após a aplicação dos hormônios, sendo utilizada uma única IA. O grupo controle foi inseminado em IAPC com intervalo de 24h entre as doses inseminantes. Não houve diferença na taxa de prenhez (97,7, 88,4 e 88) e no número de leitões nascidos (16,7, 15,7 e 14,7) entre os tratamentos (p>0,05). Os resultados obtidos demonstram que é possível a aplicação de uma única IAPC em suínos quando utilizado um protocolo de IATF, sendo este factível em nível prático nas granjas de suínos.
Palavras-chave: Suínos. Inseminação artificial. Hormônios