DENGUE: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA ARBOVIROSE NO ESTADO DE SANTA CATARINA

Autores

  • Laura Pagnussatto Mangoni Unoesc
  • Caroline Menegoto
  • Eduarda Madeira Ferraz
  • Maria Isabel Ferraz
  • Paula Brustolin Xavier

Resumo

Introdução: As arboviroses constituem um grupo de doenças virais transmitidas pela picada de artrópodes, como
mosquitos e carrapatos que atuam como vetores, frequentemente associados a ambientes urbanos de alta
densidade populacional, que favorecem a proliferação e disseminação desses vetores. O quadro clínico das
arboviroses é amplo, variando, de sintomas inespecíficos, como febre e exantema, até manifestações graves,
como comprometimento neurológico e choque,que podem evoluir para óbito. Entre essas doenças, a dengue se
destaca pela alta morbimortalidade, sendo uma patologia de grande relevância no Brasil, especialmente devido
ao número significativo de internações e óbitos registrados em indivíduos de diferentes faixas etárias e sexo.
Objetivo: Avaliar o número de internações hospitalares e mortalidade em razão da dengue e suas complicações.
Método: Trata-se de um estudo ecológico com dados secundários obtidos dos Sistemas de Informações
disponibilizados pelo Departamento do Sistema Único de Saúde (DATASUS) quanto às internações e óbitos por sexo
e faixa etária decorrentes da dengue. Os dados são do estado de Santa Catarina (SC) do ano de 2023.Para análise
dos dados utilizou-se a estatística descritiva. Resultados: No período analisado, ocorreram 2.609 internações por
dengue em SC, com predominância em mulheres com 1.462 (56%) casos e 1.147 hospitalizações masculinas. A
maior incidência ocorreu nos meses de março, abril e maio de 2023 - abrangendo 2080 casos, ou seja, 79,72% dos
internados - com predominância de hospitalização de pessoas entre 50 a 69 anos (625 internações). Em relação ao
número de óbitos, foram registrados 67 mortes no estado catarinense, sendo 46 (69%) pessoas acima de 60 anos, 18
(27%) óbitos em adultos entre 20 e 59 anos e 3 (4.0%) de infantes com menos de 9 anos. Os achados indicam que a
faixa etária acima dos 80 anos concentrou o maior número de mortes (cerca de 25%). Conclusão: É evidente o
elevado número de internações decorrentes das infecções e complicações da dengue no estado de SC, assim
como, a distribuição dessas por faixa etária e sexo, o que pode estar relacionado a fatores individuais,
socioeconômicos, nivel de escolaridade, acesso aos serviços de saúde, além de condiçoes ambientais e
climáticas. Esses fatores influenciam diretamente a morbidade causada pelo vírus, configurando um cenário
preocupante para o sistema de saúde. Assim, torna-se fundamental compreender o perfil epidemiológico dos
indivíduos afetados para o desenvolvimento de políticas públicas e programas de prevenção eficazes contra as
arboviroses, além de reforçar as ações de educação em saúde junto à população.

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Publicado

06-11-2024

Como Citar

Pagnussatto Mangoni, L., Menegoto, C., Madeira Ferraz, E., Ferraz, M. I., & Brustolin Xavier , P. (2024). DENGUE: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA ARBOVIROSE NO ESTADO DE SANTA CATARINA. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e35989. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/35989

Edição

Seção

Campus Joaçaba

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