CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: UMA REVISÃO DA INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS PARA A DOENÇA

Autores

  • Sheron Nadyesca Rodrigues Sandi Universidade do Oeste de Santa Catarina- UNOESC
  • Naiara Reck UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA- UNOESC
  • Marcelina Mezzomo Debiasi UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA- UNOESC

Resumo

Introdução: A doença cardíaca congênita é caracterizada como uma ou mais anormalidades do coração ou dos vasos principais, muitas das quais são incompatíveis com a vida, ainda intrauterina. Aqueles que sobrevivem com essa cardiopatia possuem um desenvolvimento diferente, comparado aos indivíduos sem essa anormalidade, no entanto, essa diferença não é distribuída igualmente pelo território brasileiro. Objetivo: Descrever a influência das condições sociodemográficas no prognóstico de indivíduos acometidos por cardiopatas congênitas no Brasil. Método: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica de artigos científicos encontrados nas bases de dados eletrônicas LILACS, SciELO e PUBmed publicados entre os anos de 2019 e 2024, por meio dos descritores “cardiopatias congênitas”, “cardiopatias congênitas no adulto”, “qualidade de vida” no período entre julho e agosto de 2024. Resultados: Foram lidos mais de 40 artigos, dos quais 8 foram selecionados com base nos critérios de inclusão e exclusão para compor a amostra. Foi constatado que o maior número de cardiopatias congênitas relatadas ao nascer, bem como a maior taxa de óbito pelas mesmas do primeiro ao quarto ano de vida, concentra-se nas regiões Sul e Sudeste. Nas regiões brasileiras que possuem menor IDH (Norte e Nordeste), há uma subnotificação dos casos de Malformações do Aparelho Circulatório (MACs), devido à falta de recursos adequados, bem como profissionais qualificados.  O maior índice de mortes, independente do sexo, costuma ocorrer do primeiro ao sexto dia após o nascimento. Fatores de risco materno, como hipertensão e diabetes contribuem para o surgimento de MACs.  Também foi possível constatar que o nível de escolaridade tanto dos indivíduos acometidos por MACs quanto de seus cuidadores, determina o grau de conhecimento sobre a doença e suas limitações, o que influencia no prognóstico.  Além disso, uma renda menor significa um acesso insatisfatório a tratamentos de saúde, sendo que o apoio social está diretamente relacionado a uma melhoria desse quadro. Os estudos reforçam que as condições sócio-demográficas possuem ligação direta com o prognóstico do indivíduo acometido por MACs. Conclusão: As cardiopatias congênitas são doenças que podem ter resolução se rastreadas a tempo. É válido destacar que mulheres com hipertensão e/ou diabetes possuem mais chance de gerar um filho com MAC. Em regiões cujo IDH é menor, frequentemente ocorre a subnotificação dessa condição, o que dificulta o rastreamento. Diante disso, urge melhorar a assistência pré-natal e a capacitação do Sistema de Saúde, para que essas anomalias sejam mais facilmente manejadas. 

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Publicado

06-11-2024

Como Citar

Rodrigues Sandi, S. N., Reck, N., & Mezzomo Debiasi, M. (2024). CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: UMA REVISÃO DA INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS PARA A DOENÇA. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e35987. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/35987

Edição

Seção

Campus Joaçaba

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