PREVALÊNCIA DE DOENÇAS AUTORREFERIDAS E CONDIÇÕES DE SAÚDE NA POPULAÇÃO IDOSA RESIDENTES NO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUE DO OESTE - SC
Resumo
Introdução: O envelhecimento é um processo biológico universal que resulta num declínio progressivo e irreversível
da função física em todos os sistemas orgânicos. O Brasil apresenta atualmente um cenário epidemiológico com predomínio de doençasmcrônicas não transmissíveis (DCNT), como hipertensão, diabetes mellitus e cânceres, que apresentam fatores de
risco bem conhecidos, incluindo tabagismo, alimentação pouco saudável, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, além de baixo nível físico. Objetivo: Identificar e quantificar a presença de doenças crônicas autorrelatadas e condição de saúde nos idosos de São Miguel do Oeste/SC Método: Os critérios de inclusão são idosos residentes no município; idade igual ou superior a 60 anos; com boa cognição verificada pelo Mini Exame do Estado Mental (MEEM), que aceitem participar da pesquisa e assinem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Critérios de exclusão, idosos com patologias neurológicas diagnosticadas, dependência total para as AVDs e acamados. Resultados: A amostra foi de 128 idosos, sendo 27 (21,1%) homens e 101 (78,9%) mulheres, destes 70 (54,7%) tinham entre 60-67 anos e 58 (45,3%) >70 anos. Em relação ao estado civil, 81 (63,3%) eram casados e 26 (20,3%) viúvos. Do total, 77 (60%) eram aposentados por tempo de serviço, 32 (25%) por idade, 14 (10,9%) não eram aposentados e 5 (3,9%) aposentados por invalidez, destes, 77 (60,10%) eram agricultores, 18 (14,10%) domésticas e 14 (11%) professores. Escolaridade, 77 (60,2%) dos idosos tinham até 8 anos e 51 (39,8%) > 8 anos 51 (39,8%) de estudo. Doenças autorreferidas, 79 (54,7%) hipertensão arterial sistêmica, 69 (53,9%) dislipidemia, 58 (45,3%) alteração do sono, 56 (43,8%) alteração da coluna vertebral, 41 (32%) alteração vascular, 37 (28,9%) incontinência urinária, 36 (28,1%) artrite/artrose,
33 (25,8%) depressão e/ou ansiedade, 33 (25,8%) doenças cardíacas. Em relação a saúde, 23 (18%) auto relataram ser ótima, 58 (45,3%) boa, 43 (33,6%) regular, 6 (4,7%) ruim, sendo o IMC 37 (28,9%) normal, 58 (45,3%) sobrepeso e 32 (25%) são obesos. Hábitos de vida, 39 (30,5%) tabagistas/ex-tabagistas, 89 (69,5%) não tabagistas, 66 (52%) etilistas, 61 (48%) não etilistas.
Uso de medicamentos, 60 (46,9%) polifarmácia e 68 (53,1%) não polifarmácia. Conclusão: A prevalência de DCNT para idosos brasileiros residentes na comunidade foi de hipertensão arteria sistemica 54,7%, dislipidemia 53,9% e alteração do sono 45,3%, assim como prevalência de fatores de risco para essas doenças, como tabagismo, alimentação pouco saudável, consumo
abusivo de bebidas alcoólicas, além de baixo nível físico.