A RELAÇÃO ENTRE A OBESIDADE E AS DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Resumo
Introdução: A obesidade é uma doença multissistêmica, caracterizada por aspectos crônicos e degenerativos, oriundos do excesso de tecido adiposo. A cultura da má alimentação e do sedentarismo, amplificados pela contemporaneidade, tornaram mais evidentes o excesso adiposo, o qual gera processos inflamatórios e problemas metabolicos, o que, consequentemente, suscetibiliza o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, bem como desequilibra os níveis de triglicerídeos e de colesterol no sangue. Logo, patologias associadas corroboram a problemática socioemocional. Objetivo: Descrever a relação entre a obesidade e o aparecimento de doenças cardiorrespiratórias e de dislipidemias. Metodologia: O estudo é uma revisão bibliográfica de caráter descritivo, realizada durante os meses de fevereiro e de junho de 2024. A análise envolveu artigos publicados no período de 2018 a 2023, nas plataformas Google Acadêmico, PubMed e SciELO, nos idiomas português e inglês, incluindo os descritores “obesidade”, “doenças cardiovasculares” e “dislipidemia”. Resultados: A obesidade é o acúmulo demasiado de adipócitos no tecido, principalmente na região do abdômen, promovendo processos inflamatórios e dislipidemias metabólicas. Tais adipócitos se tornam tóxicos ao metabolismo, pois aumentam as taxas de adipocinas inflamatórias na corrente sanguínea, causando instabilidade no organismo. Com isso, a quantidade excessiva de leptina e de adiponectina comprometem a integridade imunológica, bem como desequilibram os níveis de colesterol e de triglicerídeos, prejudicando, desta maneira , a resposta do corpo à insulina. Entre as particularidades da obesidade, destaca-se a sarcopenia, a qual é responsável por acumular adipócitos na região intramuscular, corroborando para a insuficiência cardíaca e para a alteração dos processos fisiológicos cardiorrespiratórios. Contudo, cabe ressaltar que este acúmulo de adipócitos, em específico, não apresenta manifestações clínicas características, tornando-a negligenciada entre os pacientes. Ademais, vincula-se que, apesar dos determinantes genéticos, a obesidade está atrelada ao sedentarismo e ao desequilíbrio alimentar, os quais agravam o desenvolvimento de patologias cardiovasculares. Essa concentração facilita o estreitamento luminal coronariano e a tortuosidade de vasos, o que corrobora com a existência de placas de gordura e propicia a ocorrência de doenças como o infarto agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral (AVC) e a arteriosclerose e a hipertensão. Conclusão: Os estudos demonstram que há uma relação entre a obesidade e as doenças cardiovasculares, destacando-se, ainda, o papel dos hábitos contemporâneos nas estatísticas da obesidade. A comunidade científica considera que o excesso de adipocinas pró-inflamatórias gera desequilíbrios fisiológicos, os quais ocasionam o desenvolvimento de patologias cardíacas e de dislipidemias metabólicas, características clínicas marcantes de indivíduos obesos.