TOMADA DE DECISÃO: A INFLUÊNCIA PSICOLÓGICA NO MERCADO FINANCEIRO
Resumo
Introdução: Racionalidade e decisões calculadas, considerando apenas risco e retorno são premissas que incorporadas pelo arcabouço das teorias modernas de finanças norteiam, constantemente, decisões em estruturas financeiras. Contudo, nas últimas décadas, nota-se uma crescente que vem se desenvolvendo em pesquisas, estudos e evidências, as chamadas finanças comportamentais, cuja base mais concreta e disseminada, teve sua origem com a Teoria da Perspectiva (Prospect Theory), desenvolvida por Daniel Kahneman e Amos Tversky em 1979. Objetivo: Compreender a influência psicológica no mercado financeiro por meio do processo de tomada de decisão de investidores. Método: O estudo de caráter descritivo, com abordagem qualitativa, concentrou-se em seis pessoas, investidoras ativas e com experiência no mercado financeiro. A coleta de dados se deu por meio de entrevista semiestruturada e posteriormente esses dados foram analisados a partir da Análise de Conteúdo de Bardin. O estudo cumpriu integramente os aspectos éticos e foi aprovado sob parecer de nº 6.125.232. Resultados: O processo de tomada de decisão é um movimento subjetivo, formado a partir da internalização e elaboração de experiências que, aliadas à conceitos e técnicas adquiridas através de estudos, movimentam uma visão de futuro que repercute ações na forma de trabalhar valores no mercado financeiro e consequentemente, mudanças em seu fluxo considerado até então, racional e mecânico. O estudo ainda notabilizou a demanda existente a nível macro em relação à debates acerca da temática de educação financeira e emocional, observando que se trata de um tema que compromete diretamente o bem estar do indivíduo e suas percepções sobre dinheiro e liberdade. Conclusão: O estudo destacou a influência da educação financeira, percebendo-a como método de ensino aprendizagem nas vivências individuais de cada participante, percebendo este processo como individual e coletivo simultaneamente pois, a partir das experiências únicas do sujeito, constroem-se suas formas de pensar e agir. Os investidores agem visando um objetivo que possa coincidir com o de outros, nota-se a presença influente de notícias e direcionamentos externos, correlatos entre si, que podem causar variações nos movimentos econômicos, sendo estes benéficos ou não.