UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DA DOR: UM ESTUDO SOBRE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES ENTRE FISIOTERAPEUTAS E A POPULAÇÃO

Resumo

Introdução: Nos últimos anos, ocorreram avanços notáveis nas políticas públicas, como a Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, inclusive
entre os fisioterapeutas, que passaram a incorporar plantas medicinais em seus tratamentos. Objetivo: investigar
quais plantas são utilizadas e a sua eficácia no tratamento da dor. Método: Para coletar informações, aplicou-se
um questionário online, disponível em julho de 2023 para maiores de 18 anos que consentiram. Os dados foram
sistematizados em planilhas do Microsoft Excel para análise. Resultados: A pesquisa envolveu a participação de 91
indivíduos, a maioria entre 18 e 20 anos (26,1%). Do total, 89% são do sexo feminino e 30,1% possuíam ensino superior
incompleto. Foram identificadas apenas três categorias étnicas: branca, parda e italiana. Observou-se que, 93,4%
dos entrevistados utilizam plantas como forma de remédio, sendo as mais usadas as seguintes: Salvia rosmarinus
(alecrim) com 15%, Achyrocline satureioides (marcela) com 9%, Peumus boldus (boldo) com 9%, Solidago chilensis
Meyen (arnica) com 7%, Matricaria chamomilla (camomila) com 10% e Mentha spicata (hortelã) com 7%, além de
Curcuma longa (cúrcuma) com 5%. No que diz respeito ao uso de plantas medicinais com foco no intervalo da dor,
78% das pessoas disseram fazer uso. A forma predominante de utilização é chá (80%). A pesquisa também
questionou a frequência com que os participantes utilizam as plantas medicinais para dor, e aproximadamente
31,9%, utilizam sempre que sentem dor. Desses, 83% receberam a indicação dessas plantas por parte de familiares.
Quanto ao cultivo das plantas, 59% dos participantes cultivam em suas próprias hortas. Conclusão: As terapias
baseadas em plantas medicinais, especialmente para alívio da dor, vêm se destacando. A preferência por chás e
o cultivo pessoal indica uma tendência crescente em direção as abordagens naturais para o cuidado com a
saúde.