IMPACTO DO CROSS TRAINING NO NÍVEL DE APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE EM ADOLESCENTES DE 11 A 17 ANOS
Resumo
A aptidão física relacionada à saúde (ApFRS) é a capacidade de realizar as atividades diárias com vigor, estando associada com um menor risco de desenvolvimento de doenças crônicas-degenerativas não transmissíveis. A prática habitual de exercícios físicos pode contribuir positivamente para que adolescentes se tornem ativos na vida adulta e, por tal razão, o Cross Training se torna uma ótima modalidade para promover saúde nesse grupo populacional. Analisar os efeitos do Cross Training sobre a aptidão física relacionada à saúde (ApFRS) em adolescentes de 11 a 17 anos, frequentadores de uma academia em São Miguel do Oeste, Santa Catarina. A amostra contou com 11 adolescentes sendo 3 do sexo masculino e 7 do sexo feminino. Para avaliar as capacidades físicas dos alunos foram utilizados os testes propostos pela bateria do PROESP-Br (2021): índice de massa corporal (IMC), aptidão cardiorrespiratória, resistência muscular localizada e flexibilidade, aplicados antes e após 3 meses de programa de intervenção com treinos envolvendo levantamento de peso olímpico, ginástica e condicionamento metabólico. Foram realizadas 3 sessões de treino semanais com duração de 1 hora cada. Para análise dos dados foi usada estatística descritiva (média e desvio-padrão). Para comparar os efeitos do programa foi usado o teste t student pareado. Houve melhorias estatisticamente significativas apenas na variável de resistência muscular localizada - repetições (pré-teste: 31,1±5,28; pós-teste: 34,3±7,13; p=0,023). Destaca-se ainda que ocorreu um aumento nos valores médios na aptidão cardiorrespiratória - distância percorrida (pré-teste: 1189 ± 215,53; pós-teste: 1286 ± 274,19) e flexibilidade - centímetros (pré-teste: 29,8 ± 5,07; pós-teste: 31,88 ± 7,47). O índice de massa corporal - IMC não apresentou alterações (pré-teste: 20,63 ± 2,33; pós-teste: 20,65 ± 2,19). Conclui-se que o Cross Training é capaz de impactar nas capacidades físicas dos adolescentes e ainda há poucos estudos nessa área criando, assim, uma janela para novas pesquisas.