CONCEPÇÕES SOBRE RELACIONAMENTOS AMOROSOS NA CONTEMPORANEIDADE: UM ESTUDO COM UNIVERSITÁRIOS
Resumo
A ampliação do acesso à educação superior tem trazido não só a inclusão de um contingente cada vez maior de jovens ao ensino superior, mas também suscitado debates na comunidade acadêmica e na sociedade em geral. Estes debates têm indicado, a necessidade de realização de investigações que possibilitem uma maior compreensão dos aspectos que afetam a vida dos jovens que ingressam em universidades.
Sabemos que a negligência das questões afetivas nos processos de produção do conhecimento se localiza na dicotomia clássica entre razão e emoção e na prevalência dos aspectos racionais sobre os afetivos. Essa dicotomia perpassa a história do pensamento filosófico ocidental, onde a “emoção tem sido descrita como irracional, involuntária, forças do corpo, como ‘doenças do espírito, do sentimento’”. (FISCHER;JANSZ, 1995, p.)
Contudo, como Arantes (2002), sinalizamos para a indissociabilidade entre vida afetivo-emocional e processos cognitivos, contestando, assim, a separação entre razão e emoção também no trabalho educativo. Esta compreensão da relevância dos sentimentos e emoções na constituição do ser humano sustenta a elaboração do presente trabalho, cujo objetivo foi refletir sobre a influência da dimensão afetivo-amorosa no desenvolvimento da vida acadêmica de estudantes universitários, ou seja, ao verificar as publicações nesta área, podemos verificar que a uma supernas em alguns aspectos da vida amorosa tais como o amor, a sexualidade e as incidências dos estados civis e uma carência de estudos sobre outros aspectos que constituem boa parte do conteúdo deste tipo de relacionamento, tais como as incidências do ficar, do namorar, do separar, das paixões e do amor, suas interrelações, as violências que podem se associar a estes hábitos e sobre os seus papéis na vida afetiva.