PROJETO AMIGO DAS ABELHAS SEM FERRÃO: POLINIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS PARA UMA VIDA MAIS CONECTADA AO AMBIENTE (SÃO MIGUEL DO OESTE SC)

Resumo

Introdução:  As abelhas sem ferrão ou nativas, podem ser um disparador de cuidado e pertencimento dos universitários ao ambiente acadêmico e social que estão inseridos, esses insetos que naturalmente são polinizadores, podem operar uma grande mudança social, ou seja, ser amigo das abelhas sem ferrão, conhecer sua realidade e seus desafios pode à primeira vista, parecer apenas uma articulação biológica e ecológica, mas também está contido nessa empreitada a mudança do olhar, em especial, o olhar sobre como o nosso ambiente histórico, social, emocional e desejante está configurado, e desta pequena contaminação pode fertilizar redes de pertencimentos, invenções, criações sociais produzindo uma mudança ecológica.. Objetivo:  Analisar o conhecimento de universitários sobre a importância das abelhas sem ferrão e compreender as possíveis relações desse conhecimento com a compreensão do meio ambiente.  Método: O estudo tem caráter descritivo com abordagem quali-quantitativa, realizado em uma universidade do Oeste de Santa Catarina,  a coleta dos dados se deu por meio de questionário semiestruturado, seguindo os procedimentos de aceite e termos protocolares, disponibilizado de forma online através do Google Formsl a estudantes de uma universidade no oeste catarinense, para a análise dos dados, também foi utilizada a plataforma Google Forms, sendo os resultados apresentados em relação a quantidade e tipo de respostas de cada indivíduo, sendo que para as questões abertas utilizou-se como parâmetro o método análise de conteúdo de Bardin. Resultados: A amostra foi constituída por 136 estudantes dos mais variados cursos e períodos em uma universidade do oeste catarinense. Entre os resultados cada destacar que os entrevistados ao responderem sobre o conhecimento sobre abelhas é de 92% saber pouco ou muito pouco. Em relação a saber distinguir abelhas com e sem ferrão, 93,6% não tem esse conhecimento. Outro dado é em relação ao medo de abelhas, 87% apresentam medo ou muito medo. Os entrevistados também apontam que ao relacionar abelhas sem ferrão, 64% não conheciam, 16% associaram a abelhas mirins, 11% abelhas pequenas e 9% abelhas jataí.  Em relação a importância das abelhas para a natureza, 87% afirmaram que é muito importante, dentro deste escopo, 34% afirmaram que a importância se deve a polinização, e 49% a produção de mel. Já em questão da associação entre abelhas e sustentabilidade, 89% afirmaram que existe relação, porém 80% não sabem definir qual é a relação. Finalmente em relação ao que mais associam as abelhas, 74,4% a produção de mel, e 22% a polinização. Conclusão: Conforme o exposto compreende-se que os resultados expõem que os universitários tem um desconhecimento sobre as abelhas sem ferrão, essa realidade fica evidenciada pelo medo em relação as abelhas e a associar as abelhas preferencialmente a produção de mel e posteriormente a polinização. Os dados reforçam a necessidade de campanhas para a à preservação e o conhecimento das abelhas sem ferrão ou nativas, além de clamar por ações que ampliem e promovam contatos dos universitários com essa realidade. Além disso este estudo ajuda a cartografar subjetividades que perpassam a nossa região e suas dinâmicas de atuação e resistência.