A DISORTOGRAFIA E SUAS IMPLICAÇÕES PSICOSSOCIAIS NA ÓTICA DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Resumo
Introdução: A Disortografia merece atenção diferenciada, considerando as diferentes formas segundo as quais
pode interferir na saúde mental de pessoas que possuem este diagnóstico. Objetivo: Este projeto tem como
objetivos analisar de que maneira profissionais da educação compreendem a Disortografia e suas implicações
psicossociais. Para tanto, optou-se pelo desenvolvimento de uma pesquisa qualitativa tendo como recorte uma
instituição escolar situada na região oeste do Estado de Santa Catarina. Método: Para a coleta de dados, num
primeiro momento foram aplicados questionários abertos com dez profissionais da educação que atuam junto ao
Ensino Fundamental da instituição em questão, no intuito de reunir informações a respeito de como estes
profissionais caracterizam a Disortografia, e os desafios inerentes ao trabalho desenvolvido com crianças que
apresentam este diagnóstico. Após, foram efetuados dois grupos de discussão junto aos participantes, de modo a
proporcionar um espaço e reflexão sobre as formas de acompanhamento de crianças com o diagnóstico de
disortografia. Os dados obtidos foram analisados seguindo-se as orientações do método Análise de Conteúdo
(Bardin) Resultados: A realização deste estudo permitiu compreender a necessidade de a psicologia manter-se em
diálogo constante com os professores e psicopedagogos com vista a contribuir para a melhoria das relações de
ensino e aprendizagem, com ênfase nas especificidades apresentadas por crianças que apresentam dificuldades
e/ou transtornos de aprendizagem (como é o caso da Disortografia). Conclusão: Conclui-se que a atenção e o
cuidado junto a esta demanda requerem a atuação multidisciplinar, destacando-se a urgência de superar
discursos que patologizam o comportamento, e que, portanto, reduzem a experiência do educando ao
diagnóstico.