ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DE GUARACIABA, AMARE

Autores

  • Carine Carla FERGUTZ
  • Paulo Ricardo Bavaresco

Resumo

Introdução: O presente trabalho é resultado da pesquisa que objetivou analisar a
Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (Amare). Nos últimos anos
surgiram no Brasil diversos tipos de associações e cooperativas, tendo como objetivo
salvar postos de trabalho, retirar pessoas do desemprego e proporcionar a inclusão
social. Nesta perspectiva, destaca-se no Estado de Santa Catarina o surgimento de
inúmeras associações de base solidária e a nível local a Associação de Catadores
de Materiais Recicláveis (Amare) objeto desta pesquisa. Objetivo: O objetivo geral
foi analisar a Associação de modo geral e sua proximidade com a economia
solidária, com foco na autogestão. Método: A presente pesquisa classifica-se como
quali/quantitativa. Inicialmente foi realizado levantamento bibliográfico em
materiais impressos e eletrônicos que forneceram a compreensão e os fundamentos
teóricos de economia solidária e autogestão, bem como foi desenvolvida a análise
dos documentos que comprovam a existência da Associação. Ao longo do estudo
foi apresentado um panorama histórico sobre economia solidária e autogestão, o
que possibilitou compreender a importância deste tipo de organização no contexto
do desenvolvimento regional e local. A seguir, foi realizada entrevista estruturada
com um dos associados. Por fim foram cruzados os dados obtidos, a fim de
conhecermos e entendermos o cotidiano dos associados, bem como sua
caminhada em direção à economia solidária. Em termos econômicos e sociais, fica
claro que a autogestão mostra outra visão do trabalho e da economia,
compreendendo-os como fatores sociais que buscam a integração do ser humano
ao meio produtivo de forma participativa e democrática, sem a exploração e
alienação do trabalhador. Como em todo o processo democrático, a eleição é
ponto bastante importante e adquire contornos mais significativos na autogestão,
pois como não há a figura do patrão, os empregados/associados participam das
decisões administrativas em igualdade de condições, com uma tendência
democrática que deve permear neste tipo de organização. Por meio de reuniões os
associados debatem os problemas e buscam alternativas para obter maior
rendimento sobre o material recolhido. Resultados: Em relação ao objeto de estudo,
foram encontrados diversos entraves para verificar seu modo de organização,
desempenho das atividades e também no tocante à satisfação político-econômica
dos seus membros, no sentido de observar a inclusão social. Conclusão: Conclui-se
que a Associação, mesmo com várias características de autogestão, ainda precisa
realizar algumas adaptações, principalmente em relação a comercialização de seus
produtos, para se inserir realmente no conceito de economia solidária. Por outro
lado, a cooperativa e sua busca de trabalho e renda demonstrados, deve servir
como modelo de cidadania e inserção social, sendo observado como a primeira
grande vitória dos mesmos. Ressalta-se ainda que há um caminho longo a ser
percorrido para que esse modo de produção cresça e se estabeleça, ainda mais
considerando legislação, disponibilidade de linhas de crédito com acesso facilitado
aos modelos de empreendimento voltados para solidariedade e ganho de adeptos.
Reforça-se que o modelo de economia é importante não apenas para a qualidade
de vida a curto prazo, mas leva em conta também o impacto no meio ambiente,
gerando uma corrente que se estende até as próximas gerações.
Palavras-chave: Economia Solidária, Autogestão, Materiais Recicláveis.

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Publicado

10-11-2022

Como Citar

FERGUTZ, C. C., & Bavaresco, P. R. (2022). ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DE GUARACIABA, AMARE. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e32092. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/32092

Edição

Seção

São Miguel do Oeste - Pesquisa

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